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Áreas de surf e de pesca demarcadas em Xangri-lá

26/Abr/2007 - Carlos Vargas - Rio Grande do Sul - Brasil

Em uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira na Prefeitura de Xangri-Lá, no litoral norte gaúcho, foram definidas as áreas tanto para a prática do surf quando para o exercício da pesca no município onde está concentrado um dos mais tradicionais e procurados points dos surfistas do estado: os arredores da plataforma de Atlântida.

Depois de um período de controvérsias e incertezas sobre as áreas destinadas a uma e outra prática na região, um passo importante para a solução deste problema foi dado neste dia 26 de abril.

As áreas acordadas entre as entidades envolvidas diretamente nesta questão correspondem em duas partes distintas.

A primeira, em Rainha do Mar, o espaço exclusivo para a prática do surfe totaliza 1.200 metros, mais especificamente entre as avenidas Agatha e Esmeralda. A mais significativa, e que foi objeto das últimas polêmicas, é a de Atlântida, esta com 3.000 metros de extensão.

Este espaço vai da Rua Tainha até a divisa com o município de Capão da Canoa, que por sua vez junta-se a área que já é destinada ao surf naquele município, acrescentando mais alguns quilômetros de sinal verde para o surf.

Participaram desta reunião o Secretário do Turismo e Meio Ambiente de Xangri-Lá, Paulo Santana, o Presidente da Associação dos Pescadores, Paulo Matos, além dos representantes das entidades ligadas ao surf, o Presidente da FGS, Orlando Carvalho e os também Presidentes das Associações de Surf de Rainha do Mar, André Quevedo, e de Xangri-Lá, Frederico Figueiró (foto).

No encontro que foram definidas estas novas áreas, o acordo foi firmado principalmente entre os surfistas e pescadores, classes totalmente envolvidas na questão. O representante dos profissionais de pesca do município, Paulo Matos, comprometeu-se a orientar os outros pescadores sobre estas novas decisões, inclusive ficando a seu cargo e responsabilidade a informação de redes de pesca que não estiverem em local próprio.

Para Orlando Carvalho, Presidente da FGS, a conciliação entre as partes é o mais importante neste acordo. ` De nada adianta criarmos leis se elas não forem cumpridas. A solução deste problema passa necessariamente por um acordo real entre os surfistas e pescadores e isso foi feito. Em vez de discórdia, optamos pelo caminho do diálogo e da conciliação`.

Projeto buscará o fim da pesca com cabos fixos

Um projeto ambicioso lançado durante o encontro tentará por fim à prática de pesca através de cabos de rede. O projeto, que será executado em conjunto pelas entidades envolvidas, consiste na busca por recursos para a compra de um barco de pesca que seria usado de forma comunitária entre os pescadores da região. Além de aumentar significativamente a produtividade da classe pesqueira, esta solução acabaria de uma vez por todas com o problema de acidentes com os surfistas.