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Deputados defendem transporte de pranchas nos ônibus

Uma lei estadual poderá obrigar as empresas de transporte intermunicipal do litoral do Paraná a transportarem pranchas de surf.

13/Abr/2012 - correiodolitoral.com - Paraná - Brasil

Um projeto de lei foi apresentado nesta quinta-feira (11) pelos deputados estaduais Rasca Rodrigues (PV) e Pastor Edson Praczyc (PR). No dia 9 de abril, o presidente da Comissão de Esportes da Assembleia, Ney Leprevost (PSD), protocolou proposição ao governo estadual para que as empresas da região disponibilizem compartimentos adaptados e seguros para o transporte de pranchas.

O projeto de lei determina que as empresas de transporte intermunicipais que operam no Litoral reservem, no mínimo, 10% da sua frota com bagageiros apropriados para o transporte dos equipamentos esportivos.

De acordo com o projeto, os “Surf Bus” poderão transportar pranchas de surf, bodyboard, longboard ou stand-up surf. Os equipamentos terão o mesmo tratamento e cuidado das demais bagagens pessoais em relação a danos e extravio. Se aprovado na Assembleia, a proposta complementará o decreto estadual (1821/2000), que hoje é utilizado pelas empresas para proibir essa modalidade de transporte.

“Aprendi a surfar pegando ônibus, quando era liberado. Eu e toda uma geração campeã pegávamos ônibus. Com essa interpretação das empresas perdemos talentos, o turismo enfraqueceu e isso afeta todos os paranaenses, pois se aqui é proibido em outros estados não é”, declarou o presidente da Associação de Surfe de Paranaguá (Aspar), Alessandro Gaspar, o Puga, à assessoria de Rasca

Segundo o surfista, a criação da lei é o ponto de partida para melhorar o acesso dos esportistas e dos turistas em geral. “O que queremos é um acesso mais democrático, que agrade a todos os passageiros e isso é possível. Nós surfistas, por exemplo, necessitamos mais das linhas operando no início das manhãs, horários de almoço e final de tarde”, disse Puga, indicando horários de pico que poderão facilitar o planejamento das empresas.

Também à assessoria de Rasca, o presidente da Federação Paranaense de Bodyboard, Stéfano Triska, destacou a importância da inclusão social. Para ele a medida irá contemplar, principalmente, atletas que não possuem carro e por isso ficam impedidos de se deslocarem de outra maneira. “Existe uma barreira financeira. Para pegar onda você tem que ir de carro ou ir de carro. Em outros países e Estados em todas as linhas é possível transportar os equipamentos”, disse.

Histórico - Ainda em 2010, Praczyk solicitou ao ex-secretário de Transportes Rogério Tizzot, uma solução para o caso, mas a resposta foi de que não havia nada programado em relação a isso. Outro parlamentar que buscou alternativas para o caso, Fábio Camargo, também não teve retorno satisfatório.

Na sessão plenária da última terça-feira (10), Praczyk fez um pronunciamento em plenário sobre o tema e como Rasca já tinha um projeto em andamento resolveram subscrever a mesma proposta, que posteriormente, recebeu a assinatura do parlamentar petebista.

Comissão de Saúde

Na indicação da Comissão de Saúde, Ney Leprevost destaca a importância da prática de surf para a economia do litoral paranaense, em especial para o turismo e o comércio de produtos e serviços fora da temporada de verão.

“O surfista já carrega suas pranchas acondicionadas em capas protetoras, mas o ideal é um local adequado para elas nos ônibus coletivos, evitando acidentes que causem machucados nas pessoas”, justifica Leprevost.

A Aspar iniciou campanha.

Texto do blog de Puga :

A proibição de pranchas de surf em ônibus da linha metropolitana, (não dotados de bagageiros) causou uma grande polêmica entre os surfistas, por limitar o transporte das pranchas, ‘’ muitos jovens que praticam o esporte ou querem aprender a surfar, não podem por causa dessa proibição’’. O Grupo ‘’Aspar’’ vem lutando contra isso faz muito tempo, desde 5/8/2010.

Os maiores interessados, os surfistas, através da Aspar (Associação de Surf de Paranaguá) já entraram em contato com políticos e empresários para unir forças e tentar mudar esta realidade. “As medidas são simples, temos um projeto para adaptar os ônibus com um suporte para as pranchas no interior do ônibus. Nesse projeto há normas para embarque das pranchas nos ônibus como: pranchas devidamente encapadas, sete pranchas por ônibus, entre outras regras impostar pelo DER, ou Viação Graciosa”, diz o presidente da Aspar, Alessandro Gaspar, conhecido como Puga.

Com o projeto das pranchas dentro dos ônibus em mão, esse projeto só não foi adiante, porque não teve apoio de quem podia realmente ajudar, essa pessoa quando podia ajudar virou as costas para o esporte, achando que era uma causa perdida e quando reparou que isso poderia ajudar a si próprio politicamente, então, resolveu levar o projeto adiante e esqueceu de quem realmente estava nessa luta há anos.