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Equipe Atowinj encara bom swell em Nazaré, Portugal

Com a estrutura toda montada, swell a vista, equipe organizada, elaboramos como seria encarar pela primeira vez as ondas de Nazaré já com um bom tamanho.

28/Jan/2016 - Thiago Jacaré - Leiria - Portugal

Depois de 1 mês no pico, fomos abençoados com um bom swell, na qual já deu pra sentir e conhecer bem como é a onda na bancada. Realmente o que tenho pra dizer é o seguinte: aqui o bicho pega, e pega pra valer. Acho que a pior parte da parada é mesmo a pilotagem, pois não basta ser bom, tem que ser excelente. O inside lá é muito sinistro, algo que acho que não existe em nenhum outro lugar. Aqui fizemos muitos amigos, dentre um em especial Sergio Cosme, que deu apoio total a equipe da Atowinj Big Waves Surfers na empreitada de encaras as bombas de Nazaré.

Colamos também no experiente Lino Bogalho proprietário da Arebiri (Tow In Logistic) maior logística para surfistas de ondas grandes do pico. Lino tem de tudo, e tem como grande amigo Pedro Pisco, que trabalha no município e ajuda a desenvolver os projetos em prol do surf na cidade de Nazaré.

O swell entrou bom, não gigante, mas o suficiente para dizer que o dia foi de big surf. Armamos a barca com vários surfistas Sergio Cosme, Paulo Marques, Nuno Santos, David Langer, Bruno Valente, Fabiano Tissot, Marcelo Luna, Kalani Lattanzi e eu.

A saída pra encarar as morras é sempre pelo Porto de Nazaré, você navega alguns minutos e chega na frente do penhasco. A parada explode no Farol com tanta violência que você já senti na pele. Existem três picos, o primeiro que quebra de frente para o Farol e geralmente é esquerdas e que se cair você pode se dar mal, o segundo pico quebra mais afastado pra frente da praia do norte e o terceiro pico que quebra  mais pro meio da praia do norte bem mais fora que os outros dois.

A onda pode quebrar de 6 a 100 pés de face tanto esquerdas como direitas, e rolam sessões tanto de Tow In como de remada. Nesse dia fizemos um tow e Kalani Lattanzi foi o único que vi surfando na remada, o moleque é muito casca grossa e sangue bom.

Na água trabalhamos muito em equipe, pois a onda de Nazaré exige isso, pois quanto mais segurança você tiver é melhor por questão de resgate tanto do surfista como da sua própria prancha. Então sempre quando um jet puxa um surfista já tem outro jet de olho preparado para o resgate. 

Felizmente tudo deu certo e pegamos altas ondas com sol, água boa e uma vibe indiscutível. No final fomos ao restaurante Celeste onde trabalha o amigo e Fotógrafo André Botelho, pico onde toda galera do big surf se reuni depois do banho. Agradecimento especial a toda comunidade de Nazaré e aos fotógrafos Abel Precedes, Manuel Ricardo, Vitor F. Estrelinha, Yuriko David, Jorge Figueira, Guilherme M. Soares, Rafael Riancho, Melina Sinessiou e André Botelho.

Aloha e até a próxima, já que o swell está vindo pro fim de semana!!!

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