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Fabiano Tissot desbrava de SUP a Laje do Balcão

Membro da equipe Atow-inj, Tissot desbrava de Stand Up a uma Laje no Farol de Santa Marta-SC

07/Nov/2010 - Thiago Jacaré - Santa Catarina - Brasil

Chegamos na Praia da Galheta, perto do Farol de Santa Marta (SC) e nos deparamos com um aglomerado de espumas no mar e um vento maral.

As ondas estavam lá atrás do morro e mal dava pra enchergar o outside. O mar não tinha muito tamanho, mas visivelmente percebia-se que, tocado de leste, não seria nem um pouco fácil passar a arrebentação.

Mesmo o canal, colado nas pedras, fechava constantemente, graças a uma onda que quebrava atrás da Laje do Balcão e vinha espumando até a beira.

Na água, meia dúzia de surfistas se aventuravam no inside.

Fui caminhando com Thiago Jacaré e o fotógrafo Lucas Barnis até a ponta do paredão,e lá do alto, ficamos curtindo as ondas quebrarem há uns 500m da praia.

Como tínhamos levado nosso SUP Art In Surf GMac 11’11 pra testa-lo um pouco mais, me arrisquei a varar o mar e ir atrás de um pouco de aventura naquela tarde de surf que parecia perdida.

Sabia que uma forte corrente me empurraria pra fora durante todo tempo, embalada pelo vento leste maral que soprava em uma intensidade moderada à forte.

Ao tentar varar o mar, tomei algumas séries na cabeça, mas mesmo apanhando das ondas, percebia que a prancha respondia muito bem contra a situação adversa que estava,e nem o vento contra, nem a corrente a impediam de fluir com naturalidade e manter minhas esperanças de um surf inesperado.

Passado o pior, na calmaria do outside, fiquei curtindo o visual, inédito pra mim, dos paredões de pedra da Praia da Galheta, vistos de um ângulo inusitado.

O mar agitado e o back wash do morro dificultavam o posicionamento, mas mesmo assim, a prancha se mostrou firme e companheira em todos os momentos.

Nas ondas ela deslizava com precisão, colada na parede sem quicar ou bater o bico, por mais embalada que estivesse ou maiores que fossem os bumps na parede.

Em minha primeira onda emendei todo percurso, lá de fora a até o inside, literalmente até a beira da praia.

Feliz, remei de volta pro canto, entrei pelo canal novamente, desta vez aberto pra mim, e retornei pro outside a fim de pegar mais umas.

Curti o resto do dia regado a muito sol e stand up.

Senti que a prancha foi minha grande parceira e que o SUP transformou uma tarde sem muitas esperanças de surf, em momentos de alegria inusitada.