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MASTERS DOMINAM O ARPEX

o “Rusty Arpex Masters 2022” foi realizado neste último final de semana

29/Set/2022 - Carlos Matias - Rio de Janeiro - Brasil

Apresentado pela Prefeitura do Rio, com copatrocínio da Garytos, o “Rusty Arpex Masters 2022” foi realizado neste último final de semana, dias 24 e 25 de setembro, sendo válido como a segunda etapa do Circuito Arpoador Surf Club 2022.

No sábado, a aproximação de um ciclone no litoral carioca resultou em vento sudoeste forte e mar de ressaca na Praia do Arpoador. Com isso, a direção de prova levou a competição para o palco alternativo, a Praia do Diabo, que é mais voltada para leste e recebe o vento sudoeste como terral.

A competição iniciou com boas ondas em frente à guarita para os atletas das primeiras baterias, com direitas e esquerdas bem formadas. Porém, no decorrer do dia a maré foi enchendo, e as condições se deteriorando com o balanço do mar provocado pela reflexão das ondas no paredão de pedras da segunda praia, que ficou completamente sem areia.

Mérito de quem soube se adaptar às condições difíceis, sobrevivendo para a segunda fase que aconteceria no dia seguinte, em prováveis condições melhores no Arpoador.

Dito e feito. No domingo, o vento virou para leste, o mar perdeu força, e a competição pode ser realizada no palco principal, com ondas super divertidas no Arpex.

O grande destaque do dia foi o professor de surfe local, Marcelo Bispo “Preto-Loro”, que alcançou a bateria final nas três categorias que disputou, vencendo uma delas. Destaque também para dois outros ex-atletas profissionais que fizeram duas finais: Flavio Costa “Tampa” e Angelino Santos.

Na final Open, Flavio Costa apostou nas esquerdas para atacar as ondas com batidas de cabeça pra baixo, sua marca registrada. Com um 8,25 e um 7 nas suas duas melhores ondas, o “Tampa” deixou pra trás o único goofy da bateria, Pedro Martins. O local da Barra da Tijuca surfou forte, cravando a borda nas rasgadas de frontside, para conseguir duas boas notas (7,25 e 6,40), que não foram suficientes para lhe darem o primeiro lugar, mas, garantiram o vice-campeonato na frente dois locais Marcelo Bispo e Ivan Rodrigues.

A final Master foi a única onde os três maiores destaques do evento se encontraram. Bispo, Angelino e Tampa travaram um duelo à parte, com o atleta de Niterói, Floriano Pinheiro, correndo por fora. A disputa foi tão acirrada que terminou empatada entre Bispo e Angelino, com o local vencendo no desempate pela melhor onda.

Na final Grand-Master foi a vez de Angelino, que conseguiu se diferenciar pela força das suas “patadas” de backside, “jogando água no Recreio dos Bandeirantes” (seu local de treino), como brincava o locutor de praia. Completaram a final Bispo (2º), Erik Petric (3º) e Sergio Fernandes (4º).

Sem o trio “parada dura”, as categorias mais velhas puderam mostrar outras caras.

Na Kahuna e Grand-Kahuna, os campeões foram dois goofies leves e super ágeis, que parecem não envelhecer: Luiz Menezes e Artur Gama.

Na final Kahuna, Luiz, que volta e meia treina no Arpex, deixou pra trás por apenas meio ponto de diferença Marcelo Ribeiro (2º), com Eduardo Chalita (3º) e Rodrigo Fabrini (4º) completando o pódio.

Na final Grand-Kahuna, o local do Quebra-Mar deixou toda a bateria em combinação. Somando 15,25 (8,50 e 6,75), Artur fez a mala do campeão do último Arpoador Clássico, Bruno Brocá (2º), com Raulzito e Marcelo Boscoli (4º) completando o pódio.

Outro local da Barra fez a mala no Arpoador. Sergio Noronha, grande surfista carioca dos anos 80/90, dominou a categoria Legends, a categoria com o maior número de inscritos (consequentemente, com mais fases). O “Fedelho” venceu todas as baterias que disputou, e na final não deu chances para Lula Menezes (2º), Cauli Rodrigues (3º), e Gugu Buchaúl (4º).

Digna de nota a participação do ícone Cauli Rodrigues. Primeiro campeão carioca profissional (1985), na extinta OSP, Cauli continua surfando todos os dias, e mostrou a sua veia competitiva vencendo atletas muito mais novos.

Na Legends Longboard, uma disputa entre amigos, com Gustavo Capanema (1º) aproveitando as direitas que quebravam em direção à pedra para vencer José Raymundo (2º), Ricardo Sirotsky (3º) e Gian Cacciola (4º).

Na final Feminina deu a lógica. A atleta da Argentina, Catalina Mercere, que compete no circuito QS da WSL, venceu com grande vantagem as locais Ariane Mateik (2ª), Maria Luiza (3ª) e Kim Battaglin (4ª). Catalina se mostrou pertencer a “outro patamar” desde a sua primeira onda na competição, nota 7, na Praia do Diabo, e seguiu confirmando o seu favoritismo até a final. No pódio, a argentina disse que estava no Brasil para treinar, e que aproveitou a competição no Arpoador para conhecer esse palco histórico de competições do nosso país, tendo gostado muito das ondas e da receptividade das locais.

Com duas etapas realizadas, agora a associação Arpoador Surf Club (ASC) se prepara para realizar o “Arpex Finals” e definir os seus campeões de 2022.

Já nas categorias de base, a próxima parada é o “Rusty Arpex Groms”, que acontece na nesta sexta (30/09) e sábado (01/10), com previsão de boas ondas na Praia do Arpoador. A competição, que faz parte do projeto “Rio Cidade do Surfe”, será válida como a quarta etapa do Circuito Estadual de Surfe Júnior (Nova Geração) do Rio de Janeiro

O evento será transmitido pelo canal da FESERJ no Youtube.

RESULTADOS

Open

1. Flavio Costa

2. Pedro Martins

3. Marcelo Bispo

4. Ivan Rodrigues

Master (35+)

1. Marcelo Bispo

2. Angelino Santos

3. Flavio Costa

4. Floriano Pinheiro

Grand-Master (40+)

1. Angelino Santos

2. Marcelo Bispo

3. Erik Petric

4. Sergio Fernandes

Kahuna (45+)

1. Luiz Menezes

2. Marcelo Ribeiro

3. Eduardo Chalita

4. Rodrigo Fabrini

Grand-Kahuna (50+)

1.  Artur Gama

2. Bruno Brocá

3. Raul Lins e Silva

4. Marcelo Boscoli

Legends (55+)

1. Sergio Noronha

2. Lula Menezes

3. Cauli Rodrigues

4. Gugu Buchaúl

Legends Longboard

1. Gustavo Capanema

2. José Raymundo

3. Ricardo Sirotsky

4. Gian Cacciola

Feminino

1. Catalina Mercere

2. Ariane Mateik

3. Maria Luiza Fonseca

4. Kim Battaglin