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Prescrevendo pranchas pela paz

04/Set/2007 - Isabel Kershner - Hawaii - Estados Unidos

O surfista americano Dr. Dorian Paskowitz, tem muita esperança para Gaza, e como as ondas, ele não deixará nada parar ele de tentar ajudar as pessoas de lá.

Na terça-feira, o Dr. Paskowitz, 86 anos, um médico aposentado Judeu do Havaí popularmente conhecido como Doc, pessoalmente entregou 15 pranchas de surf novas para palestinos entusiastas do surf.

Conversou com autoridades Israelenses para que abrissem o cruzamento de Erez com esse propósito, superando os repetidos protestos sobre a situação volátil de segurança, ele disse — mesmo que qualquer mercadoria não essencial tenha sido proibida na Faixa de Gaza desde que o Hamas tomou o poder em junho.

O esforço começou com um artigo no Los Angeles Times, três semanas atrás sobre uma praia em Gaza chamaram Al Deira. Havia uma fotografia de dois surfistas palestinos com uma prancha de surf velha entre eles. "Meu filho e eu dissemos, por que não vamos lá e ajudamos a eles a receberem algumas pranchas," o Dr. Paskowitz lembrou.

Os Paskowitzes começaram mexer os pauzinhos. Um Israelense dono de uma marca de esportes pagou alguns milhares de dólares para trazê-los. O maior surfista profissional do mundo, Kelly Slater, deu o seu apoio. E Doc ativou Arthur Rashkovan, o representante Israelense dos Surfistas pela Paz, uma organização fundada pelos Paskowitzes e o Sr. Slater, um americano de descendente síria.

"Arthur é parente de Shimon Peres," o Dr. Paskowitz disse, referindo-se ao presidente de Israel de 84 anos, um inveterado advogado de paz. "Ele sabe como fazer as coisas acontecerem".

Sr. Rashkovan, que vive em Tel Aviv, encontrou pela primeira vez o Dr. Paskowitz há 10 anos num surf camp na Califórnia. Diz que ele convenceu quatro companhias Israelenses de equipamento de surfe a doar as pranchas.

Sua passagem por Erez foi coordenada pela administração militar Israelense. O OneVoice, uma organização Israelense-palestina para a resolução do conflito, ajudou os palestinos a atravessar e receber as pranchas.

Entre os palestinos estavam os dois surfistas cuja fotografia o Dr. Paskowitz tinha visto no jornal. "Havia lágrimas nos olhos deles", ele disse. Sua esperança é que as novas pranchas inspirarão os surfistas de Gaza a começar a fabricar as suas próprias pranchas. "De uma prancha virá um grupo de surfistas" disse. "Do grupo vem um negócio, então uma indústria, então uma quantia fantástica de dinheiro. Converso sobre bilhões, todos vindos de uma prancha".

Isso parece impossível agora. Desde que o Hamas tomou o controle de Gaza, o principal cruzamento comercial foi fechado e muitas indústrias locais entraram em colapso.

Um dos surfistas palestinos, Muhammad Jayab, descreveu-se no artigo que o Dr. Paskowitz tinha lido como compassivo ao Hamas. Isso não desapontou Doc. "Poder ir até os seus inimigos e dar-lhes algo que os fará feliz é uma aventura gratificante" disse.

Seu gesto não podia desfazer as hostilidades em Gaza, três militantes palestinos e duas crianças foram mortas em ataques Israelenses na terça-feira...

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