Surfando com consciência: o impacto ambiental das pranchas de surf

Enquanto deslizamos pelas ondas em busca da emoção que o surf proporciona, é fácil esquecer o impacto ambiental das pranchas de surf convencionais. A produção dessas pranchas muitas vezes envolve materiais e processos que contribuem para a poluição dos oceanos e a degradação do meio ambiente. Nesse post, vamos explorar os desafios ambientais enfrentados pelas pranchas de surf tradicionais e como as pranchas ecológicas estão oferecendo uma alternativa sustentável.

Aqui no Surfguru a gente é fã dessas e de qualquer outra iniciativa de cuidado com o planeta. A cerveja Corona tá junto com a gente nessa e não é à toa que é a cerveja oficial do Surfguru, do Surf e da Natureza.

O impacto ambiental das pranchas de surf convencionais

A maior parte das pranchas hoje são feitas a partir de materiais super poluentes: as espumas de poliuretano ou poliestireno, o uso da fibra de vidro e a resina que liberam grande quantidade de gás carbônico e outros gases na atmosfera, e até solvente que é cancerígeno. Além disso, muitas dessas pranchas acabam em aterros sanitários, causando mais danos ao meio ambiente.

É louco pensar isso porque o surf é um esporte que aproxima a gente da natureza e faz com que a gente olhe bem de pertinho que precisamos cuidar do nosso planeta, não é mesmo? Hoje em dia já existem algumas alternativas de materiais mais sustentáveis: tem prancha de cortiça, de bituca de cigarro, garrafa pet, laminação com fibra de vidro reciclado e resina à base de plantas.

Algumas alternativas de matéria-prima:

1. Agave

Uma iniciativa menos poluente é usar o agave como matéria-prima, uma espécie de planta invasora que tem no litoral brasileiro. O agave, conhecido por ser a matéria-prima da tequila, é notável por sua resistência, leveza e flexibilidade, ideal para a criação de pranchas duráveis e responsivas.

A planta cresce de forma rápida e requer menos água em comparação com outros materiais. A colheita do agave para a produção de pranchas pode ser feita de maneira sustentável, promovendo a renovação natural da planta já que a madeira usada na prancha é um espigão que amadurece e cai.

E falando em performance na água, a leveza do agave confere às pranchas uma agilidade, enquanto sua flexibilidade proporciona uma resposta nas ondas.

2. Paulownia ou Kiri Japonês

A paulownia é uma madeira de crescimento rápido - 5 metros por ano -, o que a torna uma opção sustentável para a fabricação de pranchas de surf. Sua leveza e resistência fazem dela uma escolha popular para aqueles que buscam uma alternativa eco-friendly. 

A rápida taxa de crescimento da árvore permite colheitas mais frequentes, promovendo uma abordagem de manejo florestal mais eficiente e ecológica. 

Uma prancha feita de madeira pode ser oca, com a estrutura feita em formato de uma balsa, o que confere mais leveza e um resultado na água mais satisfatório para os amantes das manobras. 

Jordana Louise por Flor Yanez (@floryanezphoto)

“Das mãos de uma mãe surfista para você, até mesmo que (ainda) não surfa. Pode compor ambientes e ficar esperando o dia que for pra água.Com muito amor e dedicação, Jordana Louise.”

 Jordana é surfista e designer e com muito carinho e técnica desenvolve produtos de madeira inspirada no universo do surf, pranchas ganham forma e muito propósito para irem direto pra água curtir muito.

Surfe com consciência

Uma questão que é bastante falada pelos surfistas é que apesar dessas iniciativas, fica a dúvida sobre a fluidez e leveza das pranchas de madeira e outros materiais mais ecológicos, em comparação com os materiais tradicionais devido a densidade. Você já experimentou alguma dessas pranchas? Conta aqui pra gente!

Uma coisa é mais que certa: a mudança para materiais sustentáveis, a reciclagem e a conscientização ambiental são passos cruciais para garantir que o surf continue a ser uma atividade que nos conecta às maravilhas dos oceanos, sem comprometer o futuro do nosso planeta. Surfe com consciência e ajude a preservar o oceano com a gente.