#SwellHistorico: PipeLeme fez jus ao nome
Se liga no vídeo e na análise da ondulação de um swell de sudeste que chegou no RJ em junho/20 e foi surfada pelo Stephan Figueiredo. A formação gerou ondas triangulares enormes que ficaram pra história!
02/Jul/2021 - Equipe Surfguru - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - BrasilEntre os dias 12 e 15 de Junho de 2020 um ciclone extratropical se formou na costa da Argentina e do Uruguai. Não foi uma ondulação muito grande, mas como a pista de vento não se aproximou tanto da costa brasileira, acabou que as ondas chegaram no litoral carioca com um período mais alto que o normal, na casa dos 12 segundos.
Gráfico de altura das ondas para o Leme-RJ entre os dias 15 e 19/06/2020
Gráfico de vento para o Leme-RJ entre os dias 15 e 19/06/2020
Como de costume, as ondulações geradas por ciclones extratropicais atingem o estado do Rio de Janeiro de sudoeste e conforme a tempestade se afasta do continente, a ondulação vira para sul-sudeste. No gráfico de altura das ondas podemos perceber a diferença das ondulações de sul-sudoeste para sul-sudeste no dia 18 de Junho pelas cores, pois a ondulação de sul-sudeste chega com o período ainda mais alto, com 14 segundos.
Mapa espectral e de periodo para o Leme, quinta-feira, dia 18/06/2020
Outro fator importante a ser ressaltado é o vento. Como a pista de vento ficou longe da costa do estado, o vento sul-sudoeste que gerou as ondas chegou antes da ondulação. Assim, no dia 18 de Junho foi possível que tivéssemos ótimas condições de tamanho e vento no Leme.
A onda do Leme recebe muito bem as ondulações de sul e de sudeste. Devido ao costão, quando a ondulação tem uma influência de sul, acaba se formando um triângulo que corre para o meio da praia. A particularidade desse swell foi o período mais alto, que parece ter potencializado ainda mais a formação dos triângulos. Apesar de ter "apenas" 1,5m de altura, as ondas do triângulo chegaram facilmente a 3m de parede quando encontravam a bancada rasa de areia.
Vale destacar também a forma como o Stephan (@man_at_water) entra em algumas ondas: remando na onda que voltava da pedra e correndo para o meio da praia até encontrar a onda de trás no triângulo. Como dito no vídeo, essa era uma forma de surfar no dia. A outra forma era esperar mais em baixo e entrar na onda apenas quando o triângulo se formasse.
É interessante ver como a formação da onda é muito influenciada pelo costão. Nessa época do ano (por fim de junho até outubro/novembro), tem muita areia da praia acumulada no Leme devido às ondulações de Sul, formando uma bancada rasa de areia. Assim se formam as famosas ondas do PipeLeme, seja pelos tubos, seja pelas pranchas quebradas!
Para se ter uma ideia, Stephan estava usando uma quadriquilha com bastante volume em relação às suas outras pranchas, para facilitar na entrada da onda. Além disso, podemos ver bodyboarders como o Leopoldo Neto (@leopoldoneto) e o big rider Gabriel Sodré (@surfergabrielsodre) botando para baixo com muita técnica! O cinegrafista profissional Henrique Pinguim também estava gravando nesse dia e você pode conferir as imagens da caída clicando aqui. Vale destacar que tem imagens de um outro ângulo, dando a real perspectiva do tamanho da onda nesse dia, sem mencionar todo o talento do Pinguim gravando imagens de dentro da água.
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