3º Encontro sobre Ataques de Tubarão: os brasileiros falam
14/Set/2005 - Gabriel Gomes Jr. - Pernambuco - BrasilO Prof. Fábio Hazin relatou o que ocorreu em Pernambuco no último ano. A pesca preventiva do tubarão no litoral do Recife se intensificou, sendo feita agora todas as semanas, ela utiliza o espinhel em águas profundas e linhas de espera colocadas em média a 400 metros da praia.
Foram pescados vários tubarões agressivos desde então, incluindo o tigre, o gralha-preta e o cabeça-chata, sendo que este último foi pescado exclusivamente pelas linhas de espera, a pouca distância da praia, incluindo um em frente ao edifício acaiaca, um dos mais famosos points de surf do Recife, aonde foram registrados pelo menos 3 ataques a surfistas no passado, e que hoje em dia está abandonado pelos surfistas, devido a lei que proibe a prática do esporte.
No futuro o Prof. Hazin afirma que pretende utilizar marcadores eletrônicos em tubarões, estes marcadores guardam informações sobre a rota dos tubarões, e depois de 6 meses são liberados automaticamente na água e enviam os seus dados a satélites. Os tubarões usados para este fim serão capturados vivos em águas profundas e liberados tambem em águas profundas, para evitar riscos à população.
Um sonar de varredura também poderá ser instalado na foz do rio Jaboatão, este sonar deverá detectar todos os tubarões que entram e saem do rio, tendo em vista que o tubarão cabeça-chata, o mais perigoso de todos, tem o hábito de subir os rios e tambem frequentam águas rasas de praias.
INSTITUTO OCEANÁRIO
O Prof. Luiz Lira também participou divulgando o trabalho de conscientização da população feita pelo Insitituto Oceanário nas praias de Recife e Jaboatão.
Panfletos explicativos foram distribuidos nas praias em fins-de-semana e feriados, com isso a população tomou conhecimento sobre o que era perigoso fazer na praia, como tomar banho em águas profundas, na maré alta, em áreas de mar aberto, etc.
O instituto tambem realizou palestras em salas de aula das escolas públicas e privadas, tendo atingido um maior número de pessoas da camada pobre da população, geralmente mais desinformadas sobre o assunto.
Numa iniciativa inédita cartões de deriva foram jogados em alto mar na altura do porto de Suape, utilizados para medir as correntes, 40% deles foram recuperados mais tarde por pessoas que os enviaram de volta pelo correio, contendo informações sobre aonde e quando foram achados, sendo estas informações de grande valia para se descobrir as correntes predominantes no litoral de Pernambuco.
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