3º Encontro sobre Ataques de Tubarão: o especialista da Austrália
14/Set/2005 - Gabriel Gomes Jr. - Pernambuco - BrasilO Dr. John Stevens é um cientista australiano do CSIRO que estuda ataques de tubarão. Ele conta que lá existem redes de proteção nas praias, mas estas redes não são do tipo isolante, ao contrário, capturam tubarões e outros animais.
Por matar tartarugas, golfinhos, peixes-boi e tubarões inofensivos em risco de extinção, além de não oferecer proteção total contra os ataques, já que não fecham completamente a entrada dos tubarões para as praias, este tipo de rede aos poucos está sendo banida e substituída por linhas de espera, que capturam apenas tubarões grandes, e algumas tartarugas que não morrem, e são libertadas em seguida.
Na Austrália também existe o ` Shark Response Program`, onde aviões de reconhecimento patrulham as praias a procura de grandes tubarões, ao serem avistados, uma equipe é enviada ao local de barco e tenta afastar o tubarão da praia, usando bóias com iscas que atraem o tubarão. Não tendo sucesso com isso então a segunda opção é pescar o tubarão, para evitar que ele cause algum incidente.
Na estatística do Dr. Stevens 33% das pessoas atacadas na austrália estavam surfando, enquanto 28% estavam nadando, em terceiro lugar estão os mergulhadores.
MATADOURO DA SOMÁLIA
O Dr. Stevens também foi convidado para estudar o caso da Somália, onde um matadouro em péssimas condições higiênicas lançava ao mar sangue e carcaças de bois, camelos e bodes, numa média de 710 animais abatidos por dia.
Ele afirma que antes de 1978 poucos ataques tinham sido registrados na área, mas quando o matadouro foi inaugurado em 78, até 87 quando foi finalmente fechado, foram uma média de 5 ataques por ano que ocorreram na praia de Lido, em Mogadishu, Somália.
Em condições bastante similares ao que ocorria no Recife, um matadouro jogava diariamente grande quantidade de sangue de boi no rio Jaboatão, que desaguava nas praias aonde ocorreram o maior número de ataques nos últimos 12 anos. O matadouro foi fechado em 2004, após uma denúncia de um membro do Instituto Praia Segura no Jornal Nacional. veja a reportagem no link ao lado
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