Andrea Lopes deixa as competições
A primeira vez em cima de uma prancha aconteceu em Saquarema, na Região dos Lagos, quando ela tinha apenas 13 anos.
29/Abr/2012 - Rafaella Javoski - O Globo - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - BrasilMas foi na Barra da Tijuca que Andrea Lopes viveu os momentos mais arcantes de sua carreira de surfista, como a vitória na etapa brasileira do Women's World Tour, em 1999, e a sua despedida como profissional, dez anos depois.
Hoje, aos 38 anos e trabalhando como coaching ligada ao mundo corporativo, a moradora do bairro não abandonou a atividade preferida e pratica o surfe com frequência. Além disso, Andrea tem participado de competições na categoria master.
- O surfe me ensinou a saber lidar com os altos e baixos, com as perdas e vitórias, com o ritmo da vida. Aprendi também a ser humilde, sabendo que podemos ter muito ou nada. Eu trago esse esporte comigo, circulando no sangue - conta.
Porém, por pouco o país não perdeu a surfista, tetracampeã brasileira, para ganhar uma bailarina.
- Minha mãe queria que eu fizesse balé, mas preferi dançar no movimento das ondas e ela nunca deixou de me apoiar - lembrou Andrea, que, quando começou a surfar, tinha vergonha de andar com a prancha por existirem poucas mulheres sobre as ondas.
Após 18 anos como profissional, ela optou por subir no salto, vestir o blazer e mudar de ramo. Envolvida com a área de bem-estar organizacional, Andrea abriu uma empresa e dá palestras sobre o assunto.
- Sempre busquei a melhora da performance como surfista. E numa dessas procuras de evolução fora d'água, com o objetivo de ter mais qualidade de vida e saber como lidar com os desafios, acabei buscando formação como coaching. Junto com a Amanda Figueira, cuidamos das equipes com foco em motivação. Minha maior alegria é conseguir contagiar as pessoas que nunca subiram numa prancha - afirma.