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Brasil passa invicto pela segunda-feira em Bells Beach

Os brasileiros venceram as baterias que abriram a segunda-feira de ótimas ondas de 4-6 pés no Bowl de Bells Beach e quatro vão disputar classificação para as quartas de final do último desafio da perna australiana

17/Abr/2017 - João Carvalho – WSL South America - Victoria - Austrália

Os brasileiros venceram as baterias que abriram a segunda-feira de ótimas ondas de 4-6 pés no Bowl de Bells Beach e quatro vão disputar classificação para as quartas de final do último desafio da perna australiana, antes da etapa brasileira do World Surf League Championship Tour, de 9 a 20 de maio em Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Filipe Toledo fez os recordes do dia com a nota 9,77 da sua primeira onda e os 18,27 pontos que totalizou contra Adrian Buchan. O campeão mundial Adriano de Souza também abriu a segunda bateria com uma nota 9 para despachar Jeremy Flores. E na terceira, Wiggolly Dantas barrou o defensor do título do Rip Curl Pro Bells Beach, Matt Wilkinson. Os três e Caio Ibelli vão disputar classificação para as quartas de final. Na segunda-feira foi encerrada a etapa feminina e a norte-americana Courtney Conlogue badalou o sino da vitória pelo segundo ano consecutivo, derrotando todas as campeãs mundiais que enfrentou nas direitas de Bells Beach.

Filipe Toledo (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Filipe Toledo (Foto: Kelly Cestari – WSL)

A segunda-feira já começou muito bem para o Brasil. Filipe Toledo apresentou suas armas logo na primeira onda do dia, mandando um aéreo rodando muito alto, perfeito, para depois sair combinando grandes arcos com batidas e rasgadas potentes abrindo leques enormes de água para largar na frente com nota 9,77. Coincidentemente, ele usa a lycra de competição da World Surf League com o número 77. Era um bom indício que iria dar tudo certo e depois surfou outra direita excelente que valeu nota 8,50 para totalizar imbatíveis 18,27 pontos, contra 15,56 do veterano australiano Adrian Buchan.

“Acho que era o melhor jeito de começar o dia”, disse Filipe Toledo. “Eu não sou muito fã em disputar a primeira bateria do dia, pois gosto de assistir um pouco, dar aquela esquentada no corpo, mas eu acordei hoje (segunda-feira) muito amarradão. Ontem foi o dia do meu aniversário e fiquei cinco horas surfando, peguei altas ondas aqui no Bowl (de Bells), testei uma pranchinha nova, tava muito boa e escolhi ela pra bateria. Aí fui pro tudo ou nada na primeira onda pra ganhar confiança, o aéreo saiu perfeito e deu tudo certo, graças a Deus. A gente sempre tenta mostrar nosso melhor e muitas vezes a onda não permite mostrar nosso potencial. Mas, aquela onda com certeza eu consegui mostrar o meu surfe, variar bem minhas manobras e estou amarradão, porque começar com uma nota excelente é muito bom”.

Adriano de Souza (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Adriano de Souza (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Na bateria seguinte, o campeão mundial Adriano de Souza repetiu a dose, abrindo muito bem a bateria com uma série de manobras que arrancou nota 9,0 dos juízes. O francês Jeremy Flores deu mais trabalho, tirando notas 7,50 e 8,00 em suas primeiras ondas. Mas, Mineirinho respondeu à altura com duas na casa dos 7 pontos, garantindo a vitória com o 7,53 da última que surfou para fechar o placar em 16,53 a 15,50.

“Todos nesse campeonato, ninguém está aqui pra brincar e é um rounde muito importante pra pontuar bem no ranking, então estou muito feliz por ter feito o suficiente pra passar”, disse Adriano de Souza. “O Jeremy (Flores) é um grande competidor e não quer perder nunca, exatamente como eu. A bateria foi bem disputada e graças a Deus eu fui beneficiado. Eu usei uma prancha 5´10´´ que não estava me dando muito bem, mas antes de entrar eu dei uma orada para ela me ajudar e deu certo. Minha primeira onda já foi nota 9 e isso me animou bastante pro decorrer da bateria”.

Wiggolly Dantas (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Wiggolly Dantas (Foto: Kelly Cestari – WSL)

Na terceira do dia, Wiggolly Dantas, que não tinha vencido nenhuma bateria antes de Bells Beach, encarou o defensor do título do Rip Curl Pro Bells Beach. O confronto de backsiders (que surfam de costas para direitas como as de Bells) era o teste que ele precisava para ganhar mais confiança. O paulista de Ubatuba começou bem com nota 7,00, mas a do Matt Wilkinson foi melhor e valeu 8,00. Na segunda onda, Wiggolly consegue um 6,73 e controla a liderança até o fim, sempre mantendo a prioridade de escolha da próxima onda. O australiano ficou pegando as que ele deixava passar para tentar a vitória, mas o máximo que conseguiu foi nota 5,00 na última que surfou, insuficiente para impedir a derrota por 13,73 a 13,00 pontos.

“Eu perdi para ele (Matt Wilkinson) aqui no ano passado e até falei pro meu irmão que queria competir com ele de novo, porque aquela bateria tinha ficado muita dúvida”, contou Wiggolly Dantas. “Eu vim pra cá oito dias antes do campeonato e foi muito bom. Deu altas ondas na bateria, estou surfando bem, com confiança, as pranchas estão boas e o ano pra mim está começando agora. Não fui muito bem nas duas primeiras etapas, então vim antes pra cá para treinar, colocar as pranchas no pé, estou bem focado e vamos com tudo pro próximo rounde”.  

Com essas três vitórias, quatro brasileiros terão duas chances de classificação para as quartas de final do Rip Curl Pro Bells Beach. Caio Ibelli já tinha passado pela terceira fase no domingo e vai disputar a primeira vaga direta com o português Frederico Morais e o número 2 do Jeep WSL Leader, Owen Wright. O recordista absoluto do campeonato, Filipe Toledo, está junto com Adriano de Souza e o havaiano Ezekiel Lau na terceira bateria. E Wiggolly Dantas fecha a quarta fase com o australiano Joel Parkinson e o sul-africano Jordy Smith. Os vencedores das baterias avançam direto para as quartas de final, mas os perdedores têm outra chance de continuar na disputa do título na quinta fase.

Courtney Conlogue (Foto: Jack Barripp – WSL)

Courtney Conlogue (Foto: Jack Barripp – WSL)

BICAMPEÃ – Título que as meninas já decidiram na segunda-feira, com Courtney Conlogue conquistando o bicampeonato consecutivo no Rip Curl Women´s Pro. A norte-americana derrotou três campeãs mundiais num só dia para badalar o sino do troféu da vitória novamente, sempre conseguindo a vitória nos minutos finais das baterias. Foi assim desde o duelo com a tricampeã mundial Carissa Moore nas quartas de final, quando superou a vantagem inicial da havaiana somando notas 8,73 e 7,83 no placar de 16,56 a 15,33 pontos.

Na semifinal contra a atual campeã mundial, Tyler Wright, Courtney foi cirúrgica. Ela só surfou duas ondas e ambas foram excelentes para vencer a australiana por 18,33 a 15,00 pontos, com notas 9,00 e 9,33 em sua melhor apresentação no último dia em Bells Beach. E na grande final contra a hexacampeã mundial Stephanie Gilmore, a líder do ranking largou na frente com notas 8,33 e 8,00, mas a californiana garantiu sua segunda vitória consecutiva no Rip Curl Pro com a nota 9,00 da última onda, virando o resultado para 17,00 a 15,33 pontos.

“Ganhar no ano passado foi muito bom, mas vencer de novo é um sentimento incrível e estou sem palavras”, disse Courtney Conlogue. “Os dois primeiros eventos da perna australiana não foram bons para mim, por isso estou empolgada por conseguir outra vitória aqui. Eu sempre amei vir para Bells, pois é uma arena incrível com todos os fãs aqui embaixo. É uma onda difícil de dominar, então ter duas vitórias seguidas aqui é realmente especial. Fazer a final com a Stephanie (Gilmore) foi incrível. Eu venci várias baterias nos minutos finais neste campeonato, então isso é a prova que você nunca deve desistir até o fim e estou muito feliz”.

Courtney Conlogue (Foto: Ed Sloane – WSL)

Courtney Conlogue (Foto: Ed Sloane – WSL)

Com a vitória em Bells Beach, Courtney Conlogue entrou na lista das quatro únicas surfistas que terão chances matemáticas de brigar pela liderança na corrida pelo título mundial da temporada na etapa brasileira do World Surf League Championship Tour, de 09 a 20 de maio na Praia de Itaúna, em Saquarema, a “Cidade do Surf” da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A norte-americana já venceu no Brasil dois anos atrás na Barra da Tijuca e as outras concorrentes são as australianas Stephanie Gilmore, Sally Fitzgibbons e Tyler Wright, que venceu a última edição disputada na capital do Rio de Janeiro.

O Rip Curl Pro Bells Beach está sendo transmitido pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo da WSL e no Facebook Live através da página da World Surf League no Facebook, passando ao vivo também pela ESPN+ e globoesporte.com no Brasil, CBS Sports Network nos Estados Unidos, Fox Sports na Austrália, SKY NZ na Nova Zelândia, SFR Sports na França e em Portugal e EDGE Sports Network na China, Japão, Malásia e outros territórios asiáticos.

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL já possui uma enorme legião de fãs apaixonados em todo o planeta que acompanha as performances dos melhores surfistas do mundo, como Gabriel Medina, John John Florence, Adriano de Souza, Kelly Slater, Stephanie Gilmore, Greg Long, Makua Rothman, Carissa Moore, entre outros, competindo no mais imprevisível e dinâmico campo de jogo entre todos os esportes no mundo, que é o mar.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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QUARTA FASE DO RIP CURL PRO – Vitória=Quartas de Final / 2.o e 3.o=Quinta Fase:

1.a: Owen Wright (AUS), Caio Ibelli (BRA), Frederico Morais (PRT)

2.a: John John Florence (HAV), Mick Fanning (AUS), Sebastian Zietz (HAV)

3.a: Adriano de Souza (BRA), Filipe Toledo (BRA), Ezekiel Lau (HAV)

4.a: Jordy Smith (AFR), Joel Parkinson (AUS), Wiggolly Dantas (BRA)

TERCEIRA FASE – 13.o lugar com 1.750 pontos:

———baterias que abriram a segunda-feira:

8.a: Filipe Toledo (BRA) 18.27 x 15.56 Adrian Buchan (AUS)

9.a: Adriano de Souza (BRA) 16.53 x 15.50 Jeremy Flores (FRA)

10: Wiggolly Dantas (BRA) 13.73 x 13.00 Matt Wilkiinson (AUS)

11: Joel Parkinson (AUS) 15.66 x 10.60 Connor O´Leary (AUS)

12: Jordy Smith (AFR) 18.10 x 14.44 Joan Duru (FRA)

———baterias que fecharam o domingo:

1.a: Frederico Morais (PRT) 13.94 x 13.57 Gabriel Medina (BRA)

2.a: Caio Ibelli (BRA) 17.03 x 16.10 Michel Bourez (TAH)

3.a: Owen Wright (AUS) 17.54 x 13.83 Bede Durbidge (AUS)

4.a: Mick Fanning (AUS) 13.50 x 12.43 Kelly Slater (EUA)

5.a: Sebastian Zietz (HAV) 17.07 x 17.04 Julian Wilson (AUS)

6.a: John John Florence (HAV) 14.34 x 11.43 Nat Young (EUA)

7.a: Ezekiel Lau (HAV) 14.00 x 12.33 Kolohe Andino (EUA)

DECISÃO DO RIP CURL WOMEN´S PRO BELLS BEACH:

Campeã: Courtney Conlogue (EUA) por 17,00 pontos (9,00+8,00) – US$ 60.000 e 10.000 pontos

Vice-campeã: Stephanie Gilmore (AUS) com 16,33 pts (8,33+8,00) – US$ 30.000 e 8.000 pontos

SEMIFINAIS – 3.o lugar=6.500 pontos no Jeep WSL Ranking:

1.a: Courtney Conlogue (EUA) 18.33 x 15.00 Tyler Wright (AUS)

2.a: Stephanie Gilmore (AUS) 14.66 x 9.73 Lakey Peterson (EUA)

QUARTAS DE FINAL – 5.o lugar=5.200 pontos no Jeep WSL Ranking:

1.a: Courtney Conlogue (EUA) 16.56 x 15.33 Carissa Moore (HAV)

2.a: Tyler Wright (AUS) 15.26 x 11.60 Coco Ho (HAV)

3.a: Lakey Peterson (EUA) 15.86 x 15.60 Sally Fitzgibbons (AUS)

4.a: Stephanie Gilmore (AUS) 18.60 x 12.80 Johanne Defay (FRA)

TOP-10 DO JEEP WSL RANKING 2017 – após as 3 etapas da Austrália:

1.a: Stephanie Gilmore (AUS) – 24.500 pontos

2.a: Sally Fitzgibbons (AUS) – 21.700

3.a: Tyler Wright (AUS) – 19.700

4.a: Courtney Conlogue (EUA) – 18.500

5.a: Lakey Peterson (EUA) – 16.250

6.a: Carissa Moore (HAV) – 15.600

7.a: Johanne Defay (FRA) – 15.000

8.a: Nikki Van Dijk (AUS) – 13.700

9.a: Coco Ho (HAV) – 11.800

10.a: Sage Erickson (EUA) – 11.550

14.a: Silvana Lima (BRA) – 6.800

Fonte: http://www.wslsouthamerica.com/brasil-passa-invicto-pela-segunda-feira-em-bells-beach/