Crime Ambiental em Porto de Galinhas
Segundo os profissionais, problema estaria acontecendo há dez dias e, no trecho próximo ao Pontal de Maracaipe, animais marinhos foram encontrados mortos. Denúncia a respeito da situação foi levada ao Ministério Público.
27/Mar/2017 - Redação Surfguru - Ipojuca - Pernambuco - BrasilA Mudança na cor e no cheiro da área de mangue próxima à praia de Maracaípe, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, tem preocupado jangadeiros e pescadores que trabalham no local. O problema estaria acontecendo há dez dias.
Segundo eles, os peixes e outros animais estão aparecendo mortos e uma espuma branca é vista por quem passa pelo local de barco. A denúncia foi registrada no Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
A situação, segundo os profissionais, tem afetado uma área de mangue conhecida como Casa da Bomba, a 500 metros do Pontal de Maracaípe. Diante da água mais escura e do cheiro forte de esgoto, há suspeitas de que produtos químicos tenham sido jogados no mangue, na área de Porto de Galinhhas, e a correnteza tenha transportado a sujeira.
“Normalmente, a água aqui é transparente. A gente notou a água com cor de ferrugem e com cheiro muito forte. Encontramos animais mortos na água como cavalo marinho, caranguejo, siri, moreia, bagre e um peixe chamado anequim, que é um peixe muito forte que quase nenhum produto químico mata ele”, conta o jangadeiro José Antônio Fernandes.
Para quem vive da pesca, a situação tem afetado o trabalho. “A nossa sobrevivência vem desse mangue. Não só para nós que trabalhamos, mas todos os que vêm frequentar Maracaípe”, lamenta o jangadeiro Rosalvo Simões.
Jangadeiros e pescadores denunciam situação do Pontal de Maracaípe
Procurada pela reportagem, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) informou que fez a coleta da água na quarta (22) e a análise deve ser concluída na próxima semana. O resultado é aguardado pela Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano de Ipojuca, que enviou fiscais e agentes ambientais ao Pontal de Maracaípe para averiguar a situação e reforçar a fiscalização na praia.
Segundo o MPPE, a promotora de Justiça Bianca Stella Barroso aguarda o laudo da perícia feita pela Prefeitura de Ipojuca, com o apoio da CPRH, para responsabilizar os culpados.
Fonte: G1