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Filipe Toledo vence o Hawaiian Pro em Haleiwa

Filipe Toledo conquistou a primeira vitória brasileira nas ondas de Haleiwa Beach, no primeiro desafio da Tríplice Coroa Havaiana, que fecha a temporada 2017 da World Surf League na ilha de Oahu.

21/Nov/2017 - João Carvalho / WSL - Hawaii - Estados Unidos

Outro paulista de Ubatuba, Wiggolly Dantas, disputou a bateria final na segunda-feira e ficou em terceiro lugar, com o norte-americano Griffin Colapinto em segundo e o taitiano Michel Bourez em quarto. 

Mais dois brasileiros pararam nas semifinais, o campeão mundial Adriano de Souza e Tomas Hermes, segundo catarinense a confirmar vaga no CT 2018 no penúltimo QS 10000 do ano no Havaí.

“É maravilhoso, realmente incrível, porque senti o gosto da vitória em 2015, quando fui vice-campeão, mas agora consegui o título aqui, o primeiro brasileiro, é incrível isso”, disse Filipe Toledo. “Eu já me qualifiquei para o World Tour do ano que vem, então eu estava super relaxado. Eu só fiz o meu jogo com minhas estratégias e fiz o que precisava fazer, então agradeço a Deus pelas ondas nas baterias e por esses aéreos (risos). Foi muito divertido”.

A segunda-feira do Hawaiian Pro começou com maioria brasileira nas oitavas de final, quatorze surfistas entre os 32 classificados no domingo. E foi assim até a decisão, participando de todas as quinze baterias do último dia. Começou com três logo na primeira e terminou com dois nas duas semifinais e na grande final. O campeão Filipe Toledo ganhou as quatro que disputou, sempre achando boas ondas nas difíceis condições do mar para mostrar a sua variedade de manobras modernas e progressivas de frontside nas direitas de Haleiwa. 

Na grande final, o californiano Griffin Colapinto, segundo surfista a confirmar classificação para a elite dos top-34 da World Surf League na segunda-feira, largou na frente finalizando sua primeira onda com um ataque na junção incrível para ganhar 8,17 com apenas duas manobras. Ele demorou bastante para pegar a segunda, enquanto isso Filipe Toledo foi ganhando vantagem. Ele entrou na briga com o 7,67 que recebeu em sua terceira onda e o 6,50 da quarta. Quando o novo top do CT pegou sua segunda, que foi boa também e valeu 7,77, Filipe respondeu com um aéreo full-rotation sem as mãos na prancha que arrancou 8,87 dos juízes, para atingir imbatíveis 16,54 pontos, contra 15,94 do norte-americano.

“Era uma onda média e o Wiggolly (Dantas) olhou para ela, a prioridade (de escolha da onda) era dele, mas não gostou porque parecia que ia fechar e deixou passar”, contou Filipe Toledo. “Eu entrei nela e quando bati no ‘lip’ (para voar no aéreo), senti que a prancha tinha quebrado, ouvi um barulho muito louco e pensei, “não”. Ainda assim, fiz toda a rotação e pousei na espuma. Eu fiquei assustado, achando que a prancha tinha partido ao meio, mas graças a Deus ela estava bastante sólida ainda e eu pude aterrisar naquele aéreo”. 

Os outros finalistas não conseguiram achar boas ondas durante praticamente toda a bateria. Wiggolly Dantas ainda encontrou algumas para mostrar a potência do seu backside no final. Ele recebeu notas 7,03 e 6,00 para ficar em terceiro lugar com 13,03 pontos e Michel Bourez conseguiu apenas 8,77. Wiggolly era o único a surfar as direitas de Haleiwa de costas para a onda e também chegou invicto na grande final, como Filipe Toledo. Deixou dois campeões mundiais pelo caminho, Adriano de Souza nas semifinais e o defensor do título do Hawaiian Pro, John John Florence, nas quartas de final.

No momento, Wiggolly Dantas ocupa a 24.a posição no ranking do CT, portanto está fora do grupo dos 22 primeiros que são mantidos na elite para o ano que vem. Ele está focado em brigar pela vaga no Billabong Pipe Masters e só tinha participado de duas etapas do QS antes dessa. Com os 6.700 pontos do terceiro lugar no Hawaiian Pro, saltou de 301 para 47 no ranking e pode até conseguir sua permanência na elite entre os dez indicados pelo WSL Qualifying Series, caso conquiste outro bom resultado como este no QS 10000 de Sunset Beach, que começa no sábado. Metade das vagas ainda está em disputa.

Tomas Hermes (Foto: Tony Heff – WSL)

CONFIRMADOS NO CT 2018 – A outra metade foi completada na segunda-feira e quatro delas são de brasileiros que vão estrear no Dream Tour da World Surf League. O líder do ranking, Jessé Mendes, 24 anos, foi o primeiro a garantir sua classificação, em julho no QS 10000 da África do Sul. O catarinense Yago Dora, 21, confirmou a sua em setembro, com a vitória no QS 6000 das Ilhas Açores, em Portugal.

Outros dois catarinenses se classificaram agora nos últimos dias do Hawaiian Pro. Willian Cardoso, 31 anos, festejou sua vaga no domingo ao passar para as oitavas de final e Tomas Hermes, 30, quando avançou para as quartas de final em sua primeira bateria na segunda-feira. A única exceção é o jovem californiano Griffin Colapinto, 19, que entrou no CT com a passagem para as semifinais.

“Não é um sonho, pois acho que vivo esse sonho todos os dias”, disse Tomas Hermes. “Não é um sonho me qualificar para o CT, é o resultado de um trabalho duro ao longo dos anos. Eu quero agradecer a muitas pessoas, minha família, a Vans que me patrocina. Eu acredito em mim, no meu criador, na minha esposa, que está sempre comigo. Ela não se importa com nada, acorda cedo comigo, é minha esposa, melhor amiga, treinadora. É especialmente por causa dela, que estou aqui hoje”.

Griffin Colapinto (Foto: Tony Heff – WSL)

Já classificado, Willian Cardoso perdeu nas oitavas de final, junto com o cearense Michael Rodrigues, que caiu da penúltima para a última posição no G-10 do QS e vai ter que defender sua vaga na Vans World Cup of Surfing em Sunset Beach. Ele foi ultrapassado por Italo Ferreira, único a entrar na zona de classificação para o CT no Hawaiian Pro, tirando o sul-africano Michael February da lista. O potiguar de Baía Formosa agora passa a figurar na relação dos top-34 para o ano que vem e é o sexto brasileiro entre os dez indicados pelo ranking do QS.

Italo fez grandes apresentações em Haleiwa Beach e não achou ondas nas quartas de final, na bateria contra Tomas Hermes e Michel Bourez. Antes, tinha vencido até o sul-africano Jordy Smith, que impediu uma dobradinha potiguar com Jadson André. O natalense de Ponta Negra ficou em 17.o lugar no Hawaiian Pro e ganhou seis posições no QS, saindo da 24.a para a 18.a colocação, ou seja, vai precisar de um ótimo resultado em Sunset Beach para entrar no G-10. Abaixo dele está o catarinense Alejo Muniz em vigésimo lugar e o 23.o é Miguel Pupo, que parou nas quartas de final e subiu da 36.a posição.

Italo Ferreira (Foto: Tony Heff – WSL)

SEM DOBRADINHAS – Pupo perdeu em uma das muitas baterias com participação dupla do Brasil, que acabou confirmando a classificação de Griffin Colapinto para o CT 2018, com Adriano de Souza passando em segundo lugar para as semifinais. Na terceira quarta de final, eram dois de novo e só um passou, Tomas Hermes, com Italo Ferreira sendo eliminado. As dobradinhas verde-amarelas que foram comuns no domingo, não aconteceram na segunda-feira. Nas semifinais, Wiggolly Dantas ganhou a primeira e Adriano de Souza ficou em último, depois Filipe Toledo venceu e Tomas Hermes terminou em terceiro lugar.

Foi assim também na primeira e na última bateria da segunda-feira. Na primeira, eram três brigando por duas vagas para as quartas de final e o californiano Kolohe Andino barrou Ian Gouveia e Caio Ibelli, na disputa vencida por Adriano de Souza. E na última, Filipe Toledo conquistou um título inédito do Brasil em Haleiwa Beach e Wiggolly Dantas ficou em terceiro.

Filipe Toledo, Griffin Colapinto, Wiggolly Dantas e Michel Bourez (Foto: Keoki Saguibo – WSL)

Esta foi a 15.a vitória verde-amarela em etapas do WSL Qualifying Series esse ano e o ranking vem sendo liderado pelo paulista Jessé Mendes desde o mês de fevereiro, quando foi campeão do QS 6000 Australian Open of Surfing em Sydney. Foi no domingo seguinte ao da vitória do catarinense Yago Dora na final basileira com o próprio Jessé no tradicional Surfest de Newcastle, também na Austrália.

Mais informações, notícias, fotos, vídeos e todos os resultados do QS 10000 Hawaiian Pro podem ser acessados na página do evento no www.worldsurfleague.com

SOBRE A WORLD SURF LEAGUE – A World Surf League (WSL), antes denominada Association of Surfing Professionals (ASP), tem como objetivo celebrar o melhor surf do mundo nas melhores ondas do mundo, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia, atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão.

A WSL vem realizando os melhores campeonatos do mundo desde 1976, promovendo os eventos que definem os campeões mundiais masculino e feminino no Championship Tour, além do Big Wave Tour, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, bem como o WSL Big Wave Awards. A Liga tem especial atenção para a rica herança do esporte, promovendo a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial.

Os principais campeonatos de surf do mundo são transmitidos ao vivo pelo www.worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app. A WSL tem uma enorme legião de fãs apaixonados pelo surf em todo o mundo, que acompanham ao vivo as apresentações de grandes estrelas, como Tyler Wright, John John Florence, Paige Alms, Grant Baker, Phil Rajzman, Tory Gilkerson, Mick Fanning, Stephanie Gilmore, Kelly Slater, Carissa Moore, Gabriel Medina, Courtney Conlogue, entre outros, competindo no campo de jogo mais imprevisível e dinâmico entre todos os esportes no mundo.

Para mais informações, visite o WorldSurfLeague.com

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João Carvalho – WSL South America Media Manager – jcarvalho@worldsurfleague.com

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RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO QS 10000 HAWAIIAN PRO:

Campeão: Filipe Toledo (BRA) por 16,54 pontos (8,87+7,67) – US$ 40.000 e 10.000 pontos

Vice-campeão: Griffin Colapinto (EUA) com 15,94 (8,17+7,77) – US$ 20.000 e 8.000 pontos

Terceiro lugar: Wiggolly Dantas (BRA) com 13,03 (7,03+6,00) – US$ 12.000 e 6.700 pontos

Quarto lugar: Michel Bourez (TAH) com 8,77 pontos (4,67+4,10) – US$ 10.000 e 6.300 pontos

SEMIFINAIS – 3.o=5.o lugar (US$ 7.500 e 5.300 pts) e 4.o=7.o lugar (US$ 6.500 e 5.100 pts):

1.a: 1-Wiggolly Dantas (BRA), 2-Griffin Colapinto (EUA), 3-Kolohe Andino (EUA), 4-Adriano de Souza (BRA)

2.a: 1-Filipe Toledo (BRA), 2-Michel Bourez (TAH), 3-Tomas Hermes (BRA), 4-Jordy Smith (AFR)

QUARTAS DE FINAL – 3.o=9.o lugar (US$ 5.250 e 3.800 pts) e 4.o=13.o lugar (US$ 4.750 e 3.600 pts):

1.a: 1-Griffin Colapinto (EUA), 2-Adriano de Souza (BRA), 3-Miguel Pupo (BRA), 4-Connor O´Leary (AUS)

2.a: 1-Wiggolly Dantas (BRA), 2-Kolohe Andino (EUA), 3-Kiron Jabour (HAV), 4-John John Florence (HAV)

3.a: 1-Michel Bourez (TAH), 2-Tomas Hermes (BRA), 3-Maxime Huscenot (FRA), 4-Italo Ferreira (BRA)

4.a: 1-Filipe Toledo (BRA), 2-Jordy Smith (AFR), 3-Joshua Moniz (HAV), 4-Leonardo Fioravanti (ITA)

OITAVAS DE FINAL – 3.o=17.o lugar (US$ 2.850 e 2.300 pts) e 4.o=25.o lugar (US$ 2.350 e 2.100 pts):

1.a: 1-Adriano de Souza (BRA), 2-Kolohe Andino (EUA), 3-Ian Gouveia (BRA), 4-Caio Ibelli (BRA)

2.a: 1-Griffin Colapinto (EUA), 2-Kiron Jabour (HAV), 3-Brett Simpson (EUA), 4-Peterson Crisanto (BRA)

3.a: 1-John John Florence (HAV), 2-Miguel Pupo (BRA), 3-Victor Bernardo (BRA), 4-Frederico Morais (PRT)

4.a: 1-Wiggolly Dantas (BRA), 2-Connor O´Leary (AUS), 3-Yago Dora (BRA), 4-Mitch Coleborn (AUS)

5.a: 1-Italo Ferreira (BRA), 2-Jordy Smith (AFR), 3-Jadson André (BRA), 4-Sebastian Zietz (HAV)

6.a: 1-Maxime Huscenot (FRA), 2-Joshua Moniz (HAV), 3-Michael Rodrigues (BRA), 4-Willian Cardoso (BRA)

7.a: 1-Filipe Toledo (BRA), 2-Michel Bourez (TAH), 3-Patrick Gudauskas (EUA), 4-Stu Kennedy (AUS)

8.a: 1-Leonardo Fioravanti (ITA), 2-Tomas Hermes (BRA), 3-Josh Kerr (AUS), 4-Wade Carmichael (AUS)

G-10 DO WSL QUALIFYING SERIES – após a 56.a etapa no Havaí:

01: Jessé Mendes (BRA) – 25.400 pontos

02: Griffin Colapinto (EUA) – 23.250

03: Kanoa Igarashi (EUA) – 21.990 e top-22 do CT

04: Tomas Hermes (BRA) – 20.880

05: Yago Dora (BRA) – 20.650

06: Willian Cardoso (BRA) – 19.000

07: Keanu Asing (HAV) – 16.950

08: Wade Carmichael (AUS) – 16.800

09: Ezekiel Lau (HAV) – 16.650

10: Italo Ferreira (BRA) – 16.560

11: Michael Rodrigues (BRA) – 16.550

———sul-americanos até 100:

12: Filipe Toledo (BRA) – 16.500 pontos

18: Jadson André (BRA) – 12.305

20: Alejo Muniz (BRA) – 11.850

23: Miguel Pupo (BRA) – 11.590

26: Alex Ribeiro (BRA) – 11.350

28: Deivid Silva (BRA) – 10.960

30: Flavio Nakagima (BRA) – 10.600

33: Adriano de Souza (BRA) – 10.220

38: Bino Lopes (BRA) – 8.720

42: Peterson Crisanto (BRA) – 8.200

47: Wiggolly Dantas (BRA) – 7.855

49: Marco Giorgi (URU) – 7.700

51: Thiago Camarão (BRA) – 7.660

52: Victor Bernardo (BRA) – 7.630

56: Miguel Tudela (PER) – 6.880

59: Heitor Alves (BRA) – 6.600

64: Rafael Teixeira (BRA) – 6.215

65: Hizunomê Bettero (BRA) – 6.210

73: Marco Fernandez (BRA) – 5.675

75: Luel Felipe (BRA) – 5.510

77: Krystian Kymerson (BRA) – 5.474

82: Tomas Tudela (PER) – 5.170

87: Lucas Silveira (BRA) – 4.940

89: Mateus Herdy (BRA) – 4.780

91: Ian Gouveia (BRA) – 4.750

93: Samuel Pupo (BRA) – 4.580

95: Marcos Correa (BRA) – 4.520

101: David do Carmo (BRA) – 4.310

101: Raoni Monteiro (BRA) – 4.310