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Havaiana derruba campeãs mundiais e chega à final da etapa em Fiji

Após passar por Stephanie Gilmore, Carissa Moore e Sally Fitzgibbons, Tati Weston-Webb mede forças com a americana Courtney Conlogue em busca do troféu na 5ª de 10 etapas do Circuito Mundial

31/Mai/2017 - GloboEsporte.com - Ilhas Fiji

Fluidez, velocidade, força, variedade de manobras e consistência. A receita de Tatiana Weston-Webb foi impecável para a quinta de 10 etapas do Circuito Mundial de 2017, nas Ilhas Fiji. Surfando de forma consistente, a havaiana derrubou campeãs mundiais como Stephanie Gilmore e Carissa Moore pelo caminho e derrotou Sally Fitzgibbons para chegar à sua terceira final na carreira. Nascida em Porto Alegre e criada na ilha de Kauai, Tati terá pela frente a americana Courtney Conlogue, top 3 do mundo, em busca da taça em Cloudbreak. Atual 12ª colocada do ranking, Tati tem como melhores resultados o título em Huntington Beach, nos Estados Unidos, em 2016, e o vice em Hossegor, na França, em 2015, a sua temporada de estreia na elite do surfe.

- Estou me sentindo bem demais. A bateria foi dura. Sally (Fitzgibbons) é sempre boa em começar rápido e foi o que ela fez. Isso me fez ter que usar tudo da minha habilidade. Estou sem palavras. Só preciso focar na final agora - disse Tatiana.

- Eu nem sei o que dizer, só sei que estou feliz de ter passado pela bateria. Eu dei tudo na performance e valeu a pena. Estou muito animada de estar na final e ansiosa para me divertir - relatou a rival, Courtney Conlogue.

A organização da WSL tinha a intenção de encerrar a disputa feminina nesta terça-feira, porém, as condições ruins do mar levaram a comissária Jessi Miley-Dyer a decretar o adiamento da decisão. A próxima chamada será nesta quarta-feira, às 16h30 (de Brasília), e a janela se encerra no dia 1º. O SporTV.com transmite a etapa ao vivo, e o GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real.

Domínio de Tati Weston-Webb

Após derrotar a australiana Stephanie Gilmore na quarta fase, deixando a hexacampeã mundial em combinação em boa parte do tempo, Tati manteve o seu domínio: 15.60 a 8.87. Filha de mãe brasileira e pai americano, a havaiana-gaúcha também foi superior em uma bateria equilibrada contra Carissa Moore pelas quartas de final. Em sintonia com o mar de Cloudbreak, Tati abriu a disputa com nota 8.50 ao encaixar um leque de manobras fortes e verticais até o ponto crítico. Em seguida, acrescentou um 4.90 para vencer a havaiana tricampeã mundial por 13.40 a 12.83.

Na semifinal, Tati demonstrou frieza e muito controle mental para despachar a australiana Sally Fitzgibbons em condições desafiadoras. As surfistas tinham dificuldades em encontrar uma posição no line-up, e as séries demoravam a aparecer, aumentando a pressão. Sally parecia estar em um bom ritmo, aproveitando ao máximo o potencial das ondas disponíveis. Movimentos velozes e manobras arriscadas sobre a rasa bancada de corais renderam à australiana um 7.67 e um 5.73 que a deixaram na ponta, com 13.40 pontos. Tati começou com um 6.27 e adotou uma estratégia inteligente para alcançar a vitória em um dia longe do ideal para os padrões de Cloudbreak.

Mesmo sem ter a preferência, a havaiana-gaúcha investiu em duas ondas na prioridade de Fitzgibbons e espancou a parede de água com manobras fortes e belos floaters. O esforço foi recompensado com as notas 6.77 e 6.77, dando à Tati a liderança na reta final da bateria: 13.54 a 13.40. No estouro do cronômetro, a australiana partiu em busca do 5.87 da virada, mas a onda não tinha potencial e ela levou apenas 3.60, se contentando com o amargo revés.

Americana se adapta ao mar difícil

Courtney Conlogue não teve vida fácil para avançar à final no arquipélago do Pacífico. Em uma bateria morna, de poucas ondas e notas baixas, a americana eliminou a australiana Tyler Wright, de virada, por 8.17 a 7.83. A atual campeã mundial esperou mais de 15 minutos pela oportunidade de recuperar a ponta, mas o mar não cooperou para a existência de uma onda salvadora no fim.

Embora não tenha chegado à final, Tyler se despede com a terceira colocação na etapa e a liderança isolada do ranking mundial, com 36.200 pontos. Com a queda de Steph Gilmore no round 4, a irmã de Owen Wright passa a ser a única líder do circuito e vestirá a lycra amarela de número um na sexta parada do Tour, em Huntington Beach, na Califórnia, de 31 de julho a 6 de agosto.

Confira as baterias da quarta fase em Fiji:

1: Courtney Conlogue (EUA) 10.10 x 8.90 Lakey Peterson (EUA)

2: Tyler Wright (AUS) 15.40 x 10.67 Bethany Hamilton (HAV)

3: Stephanie Gilmore (AUS) 8.87 x 15.60 Tatiana Weston-Webb (HAV)

4: Keely Andrew (AUS) 13.66 x 14.80 Nikki Van Dijk (AUS)

Quartas de final:

1: Johanne Defay (FRA) 14.96 x 16.26 Courtney Conlogue (EUA)

2: Sage Erickson (EUA) 2.43 x 12.50 Tyler Wright (AUS)

3: Carissa Moore (HAV) 12.83 x 13.40 Tatiana Weston-Webb (HAV)

4: Sally Fitzgibbons (AUS) 15.33 x 7.50 Nikki Van Dijk (AUS)

Semifinais:

1: Courtney Conlogue (EUA) 8.17 x 7.83 Tyler Wright (AUS)