Instituto Praia Segura lamenta perda de mais uma vida
O Instituto Praia Segura vem a público lamentar profundamente a perda de mais uma vida humana causada por ataques de tubarão em Pernambuco.
07/Jun/2018 - Instituto Praia Segura - Pernambuco - BrasilComo é de conhecimento público, a entidade desde 2005 vem contribuindo na busca de soluções para os ataques de tubarões em nosso Estado (Apoio às vítimas dos ataques) (Denúncia para fechamento do Matadouro Público de Jaboatão dos Guararapes) (Educação Ambiental) (Projeto de implantação das Telas de Proteção), dentre outras.
O Instituto acredita que o momento seja de reflexão, união e ações concretas, para que novos ataques não voltem a ocorrer. Apoiamos incondicionalmente as recomendações do Ministério Público de Pernambuco para que medidas concretas sejam implantadas. O momento é delicado e precisamos encontrar soluções que passem longe de interesses pessoais, empresariais, políticos, partidários ou eleitorais, já que estamos em ano de eleições.
Acreditamos que governo e sociedade deverão estar lado a lado na busca de ações e projetos sérios, que possam ser executados por instituições com plena capacidade técnica para implementá-los. Não existe espaço para amadorismo ou mesmo soluções mirabolantes sem nenhum lastro científico.
Um dos projetos recomendados pelo MP é a implantação das Telas de Proteção em Nylon. A convite do Praia Segura o III Workshop Internacional recebeu o Antony Heavens, encarregado pelas telas de proteção contra Tubarões em Hong Kong, na China, telas estas que garantem proteção há mais de 15 anos naquele país, sem que nenhum ataque tenha sido registrado em seu interior, além de não ocasionarem danos ao meio ambiente.
O resultado do III Workshop não deixou dúvidas de que o modelo ideal a ser implantado no estado seria o modelo de Hong Kong (Nylon Multifilamento) (Malhas em BAR/Quadradas) (Área Reduzida) (Baixo impacto ambiental).
O projeto das Telas de Proteção, foi discutido desde 2005 no âmbito do CEMIT, que é composto por diversas instituições: UFRPE, UFPE, Projeto Recifes Costeiros, CPRH, ABIH, Corpo de Bombeiros, IML, Instituto Oceanário, prefeituras do Recife, Olinda e Jaboatão, dentre outras, tudo sob a supervisão do Ministério Público Estadual e Federal.
As telas passaram por análise da inocuidade ecológica e ambiental sob a supervisão da UFRPE, e foram aprovadas. O equipamento sozinho não é a solução para o problema. Outras medidas deverão ser tomadas, tais como: (Recuperação Ambiental) (Campanhas Educativas) (Aumento do efetivo do GB-Mar, dando ao mesmo poder de polícia para retirada de banhistas da água) (Presença de médico ou enfermeiro nas ambulâncias do SAMU e dos Bombeiros), (Ampliação e realocação das placas de sinalização), dentre outras.
Por questões burocráticas o projeto foi suspenso em 2013, quando faltava apenas a realização do último teste. O Instituto Praia Segura desde já manifesta que não tem mais interesse na condução do projeto como entidade executora, porém, poderá ceder gratuitamente todo o seu know-how para a instituição que for oficialmente implantá-lo, pois acredita que este projeto só será vitorioso se tiver na sua execução a participação do governo, das universidades e das instituições que comprovadamente tenham a expertise em desenvolver iniciativas desta envergadura.
O momento é de UNIÃO e AÇÃO!!!