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Lula em Trip pra Costa Rica

11/Set/2008 - Luiz Falbo Di Cavalcanti - Costa Rica

Diferentemente da maioria dos meus amigos de surf, só tive a oportunidade de começar a surfar aos 24 anos de idade – quando o corpo já não tinha a facilidade de adaptação e a flexibilidade de uma criança, que aprende tudo mais facilmente. Os tubarões de Recife não me possibilitaram conhecer o surf antes !

Essa dificuldade em aprender e evoluir nas manobras que a idade de começar me impôs foi compensada pelo desenvolvimento de um amor profundo ao surf, juntamente com um espírito de “go for it !”. Hoje, fissurado aos 31, tenho uma boa turma de amigos surfistas, com os quais divido, além do line up, momentos de felicidade e alegria em função do nosso esporte.

Foi com parte dessa turma que realizei o sonho da primeira surf trip internacional.

Há 6 meses atrás pedi um passe à minha esposa e marquei minha viagem para a Costa Rica em setembro desse ano – esperando pegar ondas de qualidade na costa centro-sul do Pacífico. Passe concedido, chamei meu irmão (Phelippe) e os amigos (Pé de Bombo, Ninho, Arthur e Marcos Longman) que toparam prontamente.

Voamos para San José, capital da Costa Rica, onde pegamos um 4x4 e seguimos com destino a Jacó. Chegamos lá no sábado, dia 30 de agosto de 2008.

Saindo do Brasil, já sabíamos que no dia seguinte, domingo, estava previsto um dos maiores swells do ano naquelas bandas. E a previsão não errou ! Surfamos Playa Hermosa gigante, fechando tudo, sem canal pra entrar, com séries de 7 à 8 pés. Nesse dia nem os locais estavam se arriscando, ficaram de fora olhando os brasileiros “sem noção”. A condição era extrema, mas no final todos se salvaram, com a memória de ondas de bom tamanho surfadas.

Eu devo dizer que esse foi o mar mais cavernoso que eu já tinha pego. Mesmo pra quem tem Serrambi como referência ! E isso num beach break !

No dia seguinte, seguimos para Pavones, onde esperávamos pegar uma das esquerdas mais extensas do mundo. Passamos três dias lá, aguardando o vento parar e o swell entrar. Às tardes conseguíamos pegar algumas ondas de qualidade, bem extensas e com um tamanho médio – com direito a shows de baleia jubarte, mas de repente o vento voltava a entrar. O problema é que justamente nessa época estavam tendo os furacões no lado do Atlântico, e isso trazia muita chuva e vento para o nosso lado.

Somente no último dia em Pavones conseguimos pegar algumas ondas com grande extensão e linha, nos dando um gostinho do potencial de Pavones. Cheguei a surfar ondas com, aproximadamente , 200 metros de extensão, voltando a pé pro pico. Sensacional ! Um dia pretendo voltar lá !!!

No resto da trip, pegamos ondas de 6 pés perfeitas em Hermosa, com vento totalmente terral, ondas de linha, buraco, arraias pulando, araras vermelhas e azuis voando sobre nossas cabeças, e um grande espírito de amizade regado à cerveja imperial.

Quem tiver a oportunidade de conhecer a Costa Rica se prepare para conhecer um país exuberante, com ondas fantásticas. Acho que demos sorte por termos pego um swell tão power lá !

Hoje agradeço ao surf por tudo o que ele me dá, desde as vacas até as amizades formadas. E continuo na minha busca pela evolução, embora me divirta até com o bom e velho “retside” – ahahahha !!!

Um abraço aos amigos. Nos vemos no mar !

Aproveito para parabenizar o Surfguru por ser a ferramenta de integração e notícias que nos mantém ligados.

LULA.

(O surfguru é que agradeçe a contribuição)

ALOHA