Mavericks: a anatomia de uma onda gigante
24/Mai/2007 - Popular Science - Califórnia - Estados UnidosOs cientistas na Universidade do Estado da Califórnia na Baía de Monterey descobriram por que a onda grande mais famosa do estado: Mavericks, ao sul do litoral de São Francisco, quebra tão grande.
A onda, que atrai alguns dos melhores surfistas do mundo para uma competição anual de surfe, pode alcançar até 15 metros de altura. Os pesquisadores descobriram o mistério desta mola enquanto conduziam o mais detalhado mapa cartográfico do fundo do oceano no litoral da Califórnia.
Usando ecosondas multidirecionais, trabalhadores da Administração Atmosférica e Oceânica Nacional (NOAA) têm varrido o litoral para cima e para baixo para tomar detalhadas leituras de sonar do fundo do oceano. Fazendo isto, vários fachos do sonar são apontadas num ângulo de 75 graus do barco para cobrir um espaço largo do fundo oceânico. Os sensores medem o tempo para cada onda sonora retornar. O tempo entre o sinal enviado e o que retorna indica a profundidade. O sonar não é novo, mas o que é novidade é a capacidade de gerar imagens de alta-resolução dos dados resultantes. "É como se nós drenassemos a água então poderemos ter uma vista aérea," diz Rikk Kvitek, diretor do laboratório de traçado do fundo do mar na universidade.
Graças a avançadas técnicas subaquáticas de cartografia criadas indústria de gás e petróleo, pesquisadores podem ter uma visão muito mais detalhada do fundo do oceano que jamais antes visto, alguma coisa do tamanho de uma cadeira de descanso, de acordo com Kvitek. Isso porque eles agora podem corrigir variáveis como marés, o movimento da superfície do barco e outras interferências que levaram a leituras incertas no passado. O movimento do barco é medido 200 vezes por segundo, e mesmo os movimentos mais minúsculos são levados em conta, como o sistema de sonar coleciona 3.000 sons em um segundo. Em águas pouco profundas, onde sonar de angulo lateral é menos eficiente, o grupo de Kvitek planeja receber leituras de lasers montado em avioes que voarão para cima e para baixo do litoral.
Naturalmente, os cientistas não-surfistas do NOAA estudam mais que somente por que Mavericks quebra daquele jeito. A organização traça o chão do oceano para ajudar a isolar perigos potenciais como falhas subaquáticas e desmoronamentos ou áreas onde tsunamis podem ser mais possíveis de atingir o litoral. Uma vista detalhada do fundo marinho também pode ajudar os cientistas a aprender onde os nutrientes podem aflorar na superficie, fornecendo locais de alimentação para espécies marinhas e permitir a criação de corredores protegidos de fauna nas áreas que são mais importantes. Até agora, aproximadamente um terço do fundo litoraneo do oceano foi traçado.
Então qual é o negócio com Mavericks? descobriu-se que a onda imensa é o resultado de uma rampa lenta e longa que eleva-se em direção ao litoral. É cercado de ambos os lados por duas trincheiras paralelas. Como a água que eleva-se na rampa e diminui de velocidade, devido a fricção, a água funda de ambos os lados é jogada na onda, fazendo-a bem maior até que ela quebre.
Infelizmente, toda essa informação não foi de nenhuma ajuda para o campeonato de ondas grandes de 2007 em Mavericks. Um grande numero de surfistas campeoes, incluindo Grant Baker e Anthony Tashnick, foram convidados participar na competição entre janeiro 1 e março 31, mas a onda grande nunca veio este ano, e o invitational finalmente foi cancelado por causa de uma falta de ondas.
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