Medina compara revezamento a título mundial e sonha com surfe nos Jogos
Campeão diz que nervosismo antes de carregar a tocha foi parecido ao que sentiu quando conquistou o título. Surfista, sobre Rio Pro: "Espero que o mar esteja bom".
04/Mai/2016 - Redação Surfguru - Brasília - Distrito Federal - BrasilOs 200 metros percorridos pelas ruas de Brasília encheram Gabriel Medina de esperança. No lobby para que o surfe ingresse o programa olímpico em um futuro próximo, o primeiro brasileiro a conquistar um título mundial no esporte sonha repetir o gesto em uma edição dos Jogos em que possa buscar o ouro olímpico.
- Hoje tive uma experiência diferente, foi um momento único. Espero que um dia possa voltar a carregar a tocha com o surfe nas Olimpíadas.
Nos últimos anos, o surfe tem sido cogitado como novidade do programa olímpico. O esporte, porém, conta com alguns críticos dentro do Comitê Olímpico Internacional por estar sujeito às condições do mar, além da limitação na escolha das sedes.
Medina diz que a emoção de carregar a tocha olímpica se comparar ao maior momento de sua carreira. Ao descer do ônibus para participar do revezamento, o surfista disse que sentiu o mesmo nervosismo de quando recebeu o troféu do título mundial.
- Hoje foi muito diferente para mim. Tive essa sensação quando recebi o troféu de campeão do mundo. Antes de descer do ônibus, estava bem nervoso. Foi uma emoção muito grande, uma honra muito grande. Nunca havia estado em Brasília antes, e a galera me recebeu muito bem. Não só eu como os outros que fizeram a corrida da tocha. É um dia que eu vou me lembrar para sempre. Fiquei muito orgulhoso, estava muito emocionado. Galera gritando meu nome, um monte de gente. E começou a passar pela minha cabeça sobre como é bom representar o meu Brasil, apesar de todas as dificuldades que estou tendo. Foi único – afirmou.
Medina correu o revezamento momentos antes da confirmação de que o Rio Pro mudaria de local, deixando a Prainha para ser disputado em Grumari por conta da forte ressaca do mar carioca. O surfista, porém, já havia se mostrado preocupado com outro problema: a poluição das águas.
- Espero que o mar esteja bom. Falaram bastante sobre poluição, mas nunca tive problema. Espero que não aconteça esse ano – disse, antes de analisar o campeonato até o momento, com os azarões Matt Wilkinson, da Austrália, e Sebastian Zietz, do Havaí, na liderança da classificação.
- Está estranho. É até bom estar esses caras na frente. Eles não têm histórico de vitórias. Agora é correr atrás do prejuízo.