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Mega swell no Oceano Índico atinge litorais a 6.000 km de distância

Ondas enormes golpearam as Ilhas Reunião e o litoral da Indonésia no mês de maio de 2007, elas se originaram da mesma tempestade que ocorreu ao sul da Cidade do Cabo, na África do Sul

01/Jun/2007 - ESA - itália - Reunião

Estas ondas foram rastreadas através de todo o Oceano índico por cerca de 10.000 quilômetros num período de nove dias pelo satélite Envisat da ESA.

As ondas alcançaram até 11 metros devastando as Ilhas Reunião da França no Oceano índico quando atingiram o porto Saint Pierre ao Sul no dia 12 de maio. Seis dias mais tarde ondas da mesma tempestade medindo ate sete metros começaram a bater nos litorais da Indonésia de Sumatra a Bali, matando ao menos uma pessoa e deixando cerca de 1200 pessoas refugiadas.

O Dr. Bertrand Chapron de IFREMER, o Instituto francês de Pesquisa para Exploração do Mar, e o Dr. Fabrice Collard da BOOST Technologies da França em Brest localizaram e rastrearam os swells usando o processamento padrão do Radar de Abertura Sintético (SAR) produtos do Modelamento de Ondas da ESA, como se mostra na animação do link ao lado.

"Os sistemas de swell extremos se originaram da mesma tempestade, que se moveu rapidamente e teve dois períodos fortes principais de vento," Chapron disse. "Como ilustrado na animação, as ondas resultantes foram organizadas em dois sistemas principais de swell que se seguiram através do Oceano índico inteiro, batendo nas Ilhas Reunião, Mauritius, Austrália e Indonésia".

As ondas que atigiram as Ilhas Reunião foram previstas, mas sua intensidade foi predita em ser 20 a 30% abaixo das medidas, Collard explicou. "Embora swells ainda são fatores surpresa, estes swells em particular foram criados por acontecimentos naturais então podiam ser rastreados," Chapron disse.

"Por usar o produto de Modelamento de Ondas do SAR, nós podemos localizar e sistematicamente podemos rastrear swells globalmente, fazendo o possível para pôr uma rede de sistemas de alerta antecipado em funcionamento num futuro próximo".

"Por causa de sua capacidade única de rastrear comprimentos de onda de e informação direcional da propagação de swells, o instrumento do SAR irá trazer uma contribuição notável ao controlar de sistemas energéticos de ondas," Collard disse.

Chapron e Collard trabalham num projeto global de rastreamento de swells, que foi apresentado pela primeira vez no Simpósio do Envisat em Montreux, na Suiça, de 23 a 27 abril 2007, usando o Radar Sintético Avançado de Abertura (ASAR) a bordo do Envisat para seguir estas ondas para refinar o seu caminho de propagação e determinar seu tempo de chegada e intensidade.

Uma vez em funcionamento, este sistema será o equivalente de instalar uma rede global de bóias virtuais que podem detectar e rastrear sistemas grandes de swell carregando muita energia.

Cada bóia virtual terá a capacidade de detectar e de medir o comprimento de onda e a direção de propagação assim como a altura dos sistemas de swell cruzando os oceanos, complementando os modelos de previsão de ondas usados por centros de previsão do tempo e permitir que alarmes sejam enviados algumas horas antes destes swells devastadores atingirem litorais.

As tempestades são capazes de gerar ondass de comprimentos de onda diferentes que viajam em várias direções a partir do sistema de tempestade, com os comprimentos de onda mais longos viajando mais rápido. Como estas ondas cruzam grandes distâncias, eles podem acumular energia em situações precisas e torna-se muito perigosas para a segurança marinha.

Além do mais, sistemas de onda reduzem a velocidade quando aproximam-se do litoral, e as ondas individuais aumentam de altura e alcançam ao menos duas vezes a média de sua altura inicial oceânica. Por exemplo, um sistema de ondas de altura significativa de 5 metros pode atingir o litoral com a altura de 10 metros.

Hoje, o Modelamento de Ondas do ASAR adquire pequenas imagens de 10 por 5 km, ou "imagettes", do mar a cada 100 km ao longo da órbita do satélite. Estas pequenas "imagettes" então são matematicamente transformadas em energia media de onda e direção, chamados de espectros de onda oceanica, que a ESA deixa disponíveis para cientistas e para centros de previsão de tempo.

Links Relacionados:

animação do mega swell

ESA