O Surf Amazônico representado em Lobitos no Peru

Neste ano fugindo da temporada de baixa nas ondas no litoral marítimo(salgado) , e das poucos ondas do litoral fluvial(doce) da Amazônia na região norte onde moro, precisamente no estado do Pará.

Investi em 2 surf trips para Lobitos ao norte do Peru em busca da qualidade e perfeição das “Olas Nortenãs”.

E nas 2 vezes, consegui pegar boas ondas, sendo que na 1° vez em final de maio, tive mais sorte, pois peguei 2 swells sólidos na casa dos 4 a 6 pés com pouca gente no “line up” apesar da presença da nata do surf peruano, entre eles o máster 7 x campeão nacional “Magoo de La Rosa”, e o maior tuberider peruano o “mister Tubo” Cesar Asprillia .

Já nessa segunda vez, agora no final de novembro, além do swell ser mais curto e menor l( 3 a 4 pés), tive me confrontar com no mínimo 50 cabeças na disputa das melhores das serie , sendo a metade de sedentos brasileiros de boas ondas como eu, e como se não basta-se a essa concorrida tensão na água, acabei testemunhando indignado, ao apelo de socorro feito a José Antonio, proprietário da pousada em que estava hospedado, por um grupo de brasileiros aterrorizados que foram vitimas de um assalto na noite anterior, dentre eles o surfista profissional carioca Pedro Henrique e o fotógrafo Everton Luis.

Diante desse triste fato, constatado como o terceiro ocorrido em circunstâncias similares em Lobitos, foi notória o empenho com que José Antonio teve em ajudar ao referido grupo, e também de sensibilizar e mobilizar as autoridades locais a melhorarem no futuro a segurança do lugar, pois além das vitimas os maiores prejudicados são as pessoas comprometidas como ele e sua família com o turismo da região.

Infelizmente esse é um preço que pagamos no surf quando nos expomos ao inóspito, tanto aqui no Brasil ou como vimos nessa situação, em qualquer lugar no mundo.

Afinal precaução nunca é demais, quanto mais em um lugar remoto como aquele, que diga eu aqui na litoral Amazônico, sem duvida o mais selvagem do país... Alex Cavalcante