#surf 

Ônibus que operam no litoral terão que transportar pranchas de surfe

A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou, na sessão desta terça-feira (5), em segunda discussão, o projeto de lei para acabar com um dos maiores empecilhos à prática de surfe e afins nas praias paranaenses: o transporte das pranchas.

06/Nov/2013 - Redação Surfguru - Paranaguá - Paraná - Brasil

A proposta, dos deputados estaduais Rasca Rodrigues (PV) e Pastor Edson Praczyk (PRB), determina que empresas de transporte intermunicipais, que operam exclusivamente nos municípios do Litoral, reservem, no mínimo, 5% da sua frota com bagageiros apropriados para o transporte dos equipamentos esportivos.

De acordo com o projeto, os “Surf Bus” poderão transportar pranchas de surf, bodyboard, longboard ou stand-up. Os equipamentos terão o mesmo tratamento e cuidado das demais bagagens pessoais em relação a danos e extravio. “Já temos essa legislação em outros estados, como o Rio de Janeiro e Santa Catarina, por que não no Paraná? O Litoral saíra ganhando na questão do turismo, da economia e é claro a promoção das modalidades que possuem ligação com a preservação da nossa natureza”, defendeu Rasca.

A proposta complementará o decreto estadual (1821/2000), que hoje é utilizado pelas empresas para proibir essa modalidade de transporte. “Aprendi a surfar pegando ônibus da Graciosa, quando era liberado. Eu e toda uma geração campeã pegávamos ônibus. Com essa interpretação das empresas perdemos talentos, o turismo enfraqueceu e isso afeta todos os paranaenses, pois se aqui é proibido em outros estados não é”, afirma o presidente da Associação de Surfe de Paranaguá (Aspar), Alessandro Gaspar, o Puga.

Segundo o surfista, a criação da lei é o ponto de partida para melhorar o acesso dos esportistas às praias paranaenses e movimentar a economia da região. “Somente os produtos do surfe geram mais de R$ 7 milhões ao litoral e gera 100 empregos diretos. O que queremos é um acesso mais democrático, que agrade a todos os passageiros e isso é possível. Nós surfistas, por exemplo, necessitamos mais das linhas operando no início das manhãs, horários de almoço e final de tarde”, completou Puga, indicando horários de pico que poderão facilitar o planejamento das empresas.

Já o presidente da Federação Paranaense de Bodyboard, Stéfano Triska, destacou a importância da inclusão social. Para ele a medida irá contemplar, principalmente, atletas que não possuem carro e por isso ficam impedidos de se deslocarem de outra maneira. “Existe uma barreira financeira. Para pegar onda você tem que ir de carro ou ir de carro. Em outros países e estados em todas as linhas é possível transportar os equipamentos”, disse.