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Pororoca - A onda mágica

Projeto da ABRASPO visa popularizar o surf na pororoca

13/Dez/2012 - George Noronha - Macapá - Amapá - Brasil

No primeiro sábado deste mês o Brasil pôde assistir a uma supermatéria exibida no Programa Caldeirão do Huck da TV Globo onde Luciano Huck junto com os amigos e galãs de novela Marcello Novaes, Rodrigo Santoro, Marcelo Serrado e o mundialmente famoso surfista de ondas grandes Carlos Burle, viveram o que eles próprios definiram como uma das mais excitantes e mágicas aventuras de suas vidas. Sob a coordenação do Presidente da ABRASPO-Associação Brasileira de Surf na Pororoca, Noélio Sobrinho, o grupo viveu toda a emoção de surfar um dos fenômenos mais intrigantes e fascinantes da natureza exuberante da Amazônia brasileira. Durante quatro dias essa turma sentiu na pele o que é ser um verdadeiro caçador de pororoca. A viagem para o Estado do Amapá, no extremo norte do país, os treinos prévios no Rio Araguari para a adaptação a diferente densidade da água (que por ser menor que a do mar faz com que a prancha flutue menos), o ritual Auêra-Auara pedindo as bênçãos dos espíritos da floresta para que tudo corresse bem, as horas de pura contemplação a espera da onda e o principal de tudo, o surf fantástico e sem comparações no fenômeno com direito a disputa vencida pelo galã internacional Rodrigo Santoro.

Para Noélio Sobrinho, o mais importante nessa reportagem de quase 30min. que foi exibida em mais de 160 países através da Globo Internacional, foi a oportunidade de mostrar para o Brasil e o mundo a atmosfera de intenso contato com a natureza que se tem quando se surfa na selva e principalmente, que surfar a pororoca é mais fácil do que muitos podem imaginar.

“Quando fomos procurados por Carlos Burle para organizar a logística dessa operação ficamos muito felizes, pois, se encaixou como uma luva nas pretensões da ABRASPO de popularizar a pororoca. Nos últimos anos o fenômeno quase foi transformado em um mito inatingível e na verdade não é bem assim. Como todos puderam ver na bela e divertida matéria produzida pelo Caldeirão do Huck, não é preciso ser nenhum especialista em ondas para viver a alegria e a emoção de surfar a pororoca”, declarou Noélio.

A ABRASPO convida você para surfar a pororoca

Quem assistiu a reportagem certamente se impressionou com a logística da operação: 2 iates, 2 helicópteros, 6 lanchas voadeiras, 2 jet skis e uma equipe de nada menos que 40 pessoas entre pilotos, Corpo de Bombeiros do Estado do Amapá, Agentes do IBAMA, cozinheiras, pessoal de apoio etc. E detalhe, todo o aparato de barcos, jet skis e helicópteros foi deslocado de Belém do Pará em uma verdadeira operação de guerra.

Naturalmente, aqueles que quiserem se aventurar nas ondas do Rio Araguari, no Amapá, como foi mostrado na reportagem do Caldeirão, ou no Arquipélago do Marajó, no Pará, precisarão de uma estrutura que possibilite a empreitada e que no mínimo deverá ter um barco mãe para se chegar no local do surf, uma voadeira para o lançamento dos surfistas e outra para o resgate.

Contudo, o que pouca gente sabe é que também dá pra surfar a pororoca de carro. Isso mesmo! Por exemplo, você pode surfar no município de São Domingos do Capim, a cidade conhecida como a Capital nacional da pororoca, onde as primeiras ondas de maré foram surfadas e que fica a apenas 140km da Capital, Belém. Ou no Rio Mearim, no município de Arari, que fica a apenas 169km da Capital maranhense. Esses dois lugares dispensam qualquer tipo de logística e você pode parar seu carro como se estivesse em uma praia qualquer, se lançar no rio e surfar as ondas mais longas de sua vida.

Para isso a ABRASPO, em parceria com o Ministério do Turismo e os Governos dos Estados do Amapá, Pará e Maranhão, está traçando um plano para a realização de megaeventos, os maiores já realizados nos municípios onde ocorrem o fenômeno, e que terão repercussão internacional, com o intuito de atrair turistas não só do Brasil, como também de outras partes do mundo.

Pororoca Tipo Exportação

Para isso algumas ações já começaram a ser desenvolvidas onde a principal delas terá como parceiro a China em um projeto totalmente inédito. No mês de novembro a maior TV chinesa, a Estatal CCTV, enviou ao Brasil uma equipe de nove técnicos para analisar e mapear as pororocas de São Domingos do Capim e do Marajó, ambas no estado do Pará, para que em abril seja feita a maior transmissão ao vivo já realizada do fenômeno. O ambicioso plano é instalar sete pontos de transmissão em cada locação e enviar o sinal on line para toda a Ásia.

É sabido que a China já explora o fenômeno da pororoca que ocorre por lá há mais de 100 anos. O Dragão Negro, ou Black Dragon, como vem sendo chamado pelos surfistas que a visitaram recentemente, é um produto turístico consolidado no país. E o objetivo da ABRASPO junto com o Ministério do Turismo é aproveitar toda essa experiência para implantar um projeto piloto de estímulo ao turismo na pororoca, tanto por brasileiros, quanto por estrangeiros.

“2013 será o ano da pororoca brasileira para o mundo. Serão mais de 100 profissionais da imprensa nacional e internacional mostrando para o Brasil e o mundo um dos maiores tesouros naturais do planeta. Auêra-Auara”, finalizou Noélio Sobrinho.

Agradecimentos especiais ao Governo do Estado do Amapá e seu Corpo de Bombeiros, ao IBAMA e a Rede Globo de televisão.

Link para a matéria do Caldeirão do Huck