Porto de Galinhas de Ponta a Ponta

Acordei com o celular tocando de 5:30 da matina , era o Cordeiro me ligando, "e ai vamos fazer umas imagens? o vento ta terral e tem uma ondulação boa". Levantei, arrumei o equipamento e ele passou na minha casa acompanhado de Alexandre e Felipe Queiroz, fomos da uma olhada no cupe, tinha umas ondas, mas a maré ainda estava muito cheia, então decidimos ir pra maracaipe fazer umas fotos e voltar para o cupe depois com a maré mais baixa. Chegamos em Maracaipe e fomos direto pra água, ondulação de 1 metrinho perfeito e tubular, eu e felipim entramos primeiro, Alexandre foi com Frank fazer um curativo em seu pé que esta aberto devido a um corte no dia anterior. Logo na primeira onda Felipe pegou um tubao, mas não saiu, depois os meninos chegaram e a brincadeira começou.

Ficamos na água ate as 9h da manha , e então fomos para o cupe fazer a segunda sessão, como havíamos planejado, fui o último a entrar dessa vez, as ondas estavam com uma formação perfeita, porem não tinha tubos, fiz umas fotos e sai pra fotografar de fora dagua. A galera quebrou, batidas, rasgadas e muitos aerials , o resultado rendeu bastante, Frank estava destruindo geral focado para o Pena Surf Festival em BF, o mar deu uma parada e a galera saiu morta de fome, almoçamos e fomos pra maraca pegar o final de tarde, chegando na praia encontramos Jr lagosta e Cezar molusco, a galera toda caiu junta e pegaram altas ondas no quintal de casa. O sol foi embora e a galera ainda estava na água.

No dia seguinte fomos a um pico secreto, a galera fez a cabeça, fiquei amarradão com o resultado das imagens desse dia. A tarde fui com Frank Cordeiro em sua motinha pra vala do cupe, a água estava lotada de caravelas e optei por não entrar no pico, fiquei fotografando de fora d'água mesmo, não deu meia hora e um surfista local foi atacado por uma caravela, ele quase teve uma parada cardiorrespiratória por causa do veneno da danada, decidiram levar ele ao posto de saúde, nunca mais me esqueço da cena, Sergio agonizava e gritava de dor. O mar estava bem maior e Frank pegou altas ondas saindo do mar exausto.

No terceiro dia o mar tinha caído, mas continuava com uma boa formação, encontrei o Sergio, surfista local que foi atacado pela caravela do dia anterior, e ele mostrou as cicatrizes em todo braço ele disse que pensou que ia morrer de tanta dor, ainda bem que não entrei na água nesse dia. Finalizamos o dia em maracaípe e fomos presenteados com um por do sol alucinante, agradeci mais uma vez a Deus por morar em um lugar tão maravilhoso, com águas cristalinas, quentes e de quebra com altas ondas!