Prime de Lowers “Desaparece” do Calendário da ASP
A etapa Prime prevista para Lowers, que seria a primeira da temporada da ASP desapareceu, reduzindo assim o número de etapas Primes para somente para sete.
21/Mar/2014 - surfportugal.pt - Califórnia - Estados UnidosDas sete etapas previstas apenas cinco estão já confirmadas: As duas havaianas de final da temporada (Haleiwa e Sunset), o Mr. Price Pro Ballito, o Vans US Open of Surfing e o SATA Airlines Azores Pro.
Em modo “tentativa” estão ainda o Cascais Pro, que deverá realizar-se, faltando apenas essa oficialização, e ainda o Coca-Cola Quiksilver Saquarema Pro.
Com a saída de cena do Lowers Pro, a prova brasileira passa assim a ser o primeiro Prime de 2014 e já em maio… isto se se confirmar mesmo a sua realização.
Num ano em que a “nova” ASP e a ZoSea tanto apostaram em promover e melhorar o World Tour em variados aspectos, é de estranhar que o circuito fique quase esquecido. Começar as principais etapas do WQS somente em maio, isto se não for no final de Junho, parece-nos, no mínimo, tardio.
Mesmo em termos das provas de categoria inferior, o calendário não é muito rico. Duas provas de 6 estrelas já foram realizadas na Austrália e está programada somente mais uma, no México em junho.
A nível de 5 estrelas já se realizou uma no Havai e há ainda outra marcada para o verão na Europa, em Lacanau, na França. Todo o resto são provas de 4 estrelas, 3 e 1, que resultam em pontos pouco significativos para o ranking de qualificação. Caso não existam novos anúncios, este é um circuito claramente deficiente.
Olhando exclusivamente para as provas europeias, existem neste momento cinco etapas – mais uma que em 2014. Dois Primes, um 5 estrelas, um 3 estrelas e um 1 estrela. Ainda assim, o circuito continua a revelar-se insuficiente, uma vez que pode perfeitamente voltar a acontecer o que se passou em 2013, quando Jeremy Flores foi campeão europeu só com a participação no Prime de Cascais, que nem sequer venceu.
Também a Surfing Magazine abordou o tema, falando com os irmãos Pat e Tanner Gudauskas, dois dos mais experientes surfistas do WQS, que se queixaram da mesma situação, frisando mesmo que a ASP está se esquecendo do circuito de qualificação. “É desencorajador ver que por ano só entra uma ou duas caras novas no Tour”, alerta Pat, que no ano passado competiu entre a elite mundial. “Todos se perguntam por onde vão começar a competir”, atira Tanner.
Reportagem parcialmente reproduzida do Surf Portugal