Projeto Garoupa realiza reprodução assistida em Garoupas Verdadeiras

Mais um novo período de reprodução assistida da Garoupa verdadeira (Mycteroperca marginata) foi iniciado pelo Projeto Garoupa, que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental..

10/Jan/2015 - Mauricio da Mata - Projeto Garoupa - Rio de Janeiro - Brasil

Com toda a infraestrutura montada em Ilhabela - SP, um dos doze municípios de atuação do projeto, os reprodutores são acondicionados em tanques de alvenaria com dimensões de 10 x 4 x 2 m. A densidade de matrizes utilizada é de 3 kg/m3, com temperatura da água entre 18 ° a 28° C. Nesta fase, os reprodutores são nutridos quatro vezes por semana com alimento natural (sardinhas, bonitos, polvos e lulas).

O parceiro do Projeto Garoupa, a Redemar Alevinos, possui matrizes selvagens, garantindo, assim, a variabilidade genética necessária para programas de repovoamento. Em nossa larvicultura são utilizados rotíferos (animais pequeninos e que vivem na água) e copépodos (são os maiores e mais diversificado grupo de crustáceos) seguidos de microcrustáceos (Artemia sp.). O zooplâncton continua como alimento dos alevinos até que se realize o “desmame”, caracterizado pela transição para dietas a base de ração comercial.

A fase total da larvicultura se estende por aproximadamente 60 dias. Os alevinos obtidos, com peso entre 1,0 – 2,0 g, são transferidos para tanques redes em ambientes abrigados. Esta fase prepara os alevinos para a pesquisa utilizando telemetria, onde serão implantados transmissores para investigações sobre o sucesso de possíveis planos de repovoamento.

A telemetria e a marcação com elastômeros (tatuagem em peixes), outra de nossas atividades para monitoramento de alevinos, serão detalhados nos próximos textos. Continuem nos acompanhando nesta jornada.