#wqs #competições #surf #profissional #mundial 

Rio Surf Pro recomeça e volta a ser adiado no Arpoador

Vento sudoeste só permitiu a realização de quatro baterias antes de parar de novo na sexta-feira

08/Out/2010 - João Carvalho- ASP - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

O vento sudoeste voltou a soprar forte para acabar de vez com as poucas ondas nas séries demoradas da sexta-feira na Praia do Arpoador. Só rolaram quatro baterias e a quinta nem entrou no mar, com a continuação da segunda fase do Oakley Rio Surf Pro International sendo adiada para as 7 horas do sábado. O penúltimo dia começará com disputas simultâneas em dois palanques, no principal no Arpoador e no alternativo que já está montado na vizinha Praia do Diabo. Tudo isso para que a etapa com nível máximo 6 estrelas seja encerrada dentro do seu prazo, que acaba domingo na capital carioca.

A condição do mar era difícil desde o início do sábado. A segunda fase foi adiada para as 9:30 horas na primeira chamada, mas os atletas pediram mais tempo para ver se as ondas melhoravam e foram atendidos pela comissão técnica. Não tinha vento e as ondas apresentavam boa formação, porém o problema era o grande intervalo entre as séries.

A primeira bateria só começou as 10:45 horas e o paraibano Ulisses Meira tirou o cabeça-de-chave número 1 do campeonato na onda que surfou nos últimos segundos. Ele ultrapassou até o baiano Dennis Tihara para passar em primeiro lugar, com ambos barrando o catarinense Neco Padaratz junto com o carioca Igor Morais, que quase não surfou ondas na bateria.

“Foi uma batalha danada no fim da bateria. Entrou a onda formando um triângulo ali junto da pedra, remei junto com todos pra lá, mas depois dei um tipo de um drible neles, voltei mais pra baixo e peguei o rabinho do triângulo. A onda ainda abriu até a beira e fui manobrando forte para consegui virar. Foi demais, muito emocionante”, descreveu Ulisses Meira, que já havia vencido a bateria que inaugurou o Oakley apresenta Rio Surf Pro International na terça-feira no Arpoador.

O paraibano também comentou sobre a expectativa de competir na primeira bateria, principalmente esta da segunda fase que foi adiada na quarta-feira, na quinta e também duas vezes na sexta-feira. “É a maior adrenalina. Eu moro lá no Recreio (dos Bandeirantes), estava saindo de casa todo dia às 5 da manhã pra chegar aqui e ficava sempre aquela expectativa, o mistério se ia rolar ou não o campeonato, tem onda, não tem onda. Tudo isso deixou os atletas das primeiras baterias, principalmente, um pouco nervosos. Mas valeu, consegui vencer um ídolo, o Neco (Padaratz), então foi show”, disse Ulisses.

Os principais cabeças-de-chave das baterias continuaram caindo nos confrontos seguintes. No segundo, outro catarinense, Ricardo dos Santos, que no domingo foi semifinalista no 6 estrelas do Costão do Santinho, em Florianópolis (SC), terminou em último na bateria que o catarinense Tomas Hermes e o cearense Marcio Farney se classificaram. E na quarta e última bateria da sexta-feira, antes da nova paralisação do evento, o pernambucano Bernardo Pigmeu, campeão da etapa de Santa Catarina, também perdeu na estreia para Patrick Tamberg, de Fernando de Noronha (PE), e o paulista Thiago Guimarães.

“Quase não entrou onda na bateria. O vento apertou, acabou com as ondas e na real eu dei sorte de achar umas ondinhas ali que me garantiram não só a classificação como a vitória na bateria. Ainda bem”, contou Patrick Tamberg, mostrando alívio pela passagem para a rodada dos 48 melhores do Oakley apresenta Rio Surf Pro International.

A próxima bateria a entrar no mar seria a do catarinense Willian Cardoso com o cearense Thiago de Sousa, o paulista Beto Fernandes e o carioca Gabriel Pastori. Só que o vento sudoeste já estava forte e eles decidiram não entrar para competir. O clima foi tenso no Arpoador por causa das condições do mar na sexta-feira. Foram constantes as reuniões entre a comissão técnica com os atletas para buscar um consenso na decisão de parar ou não a competição. No entanto, todos concordam que é preciso adiantar o cronograma para poder terminar o evento dentro do prazo, que acaba domingo na capital carioca.

“A gente sabia que ia entrar o vento e tentamos iniciar o evento logo cedo por causa disso. Mas, não houve consenso na hora e perdemos tempo”, lamentou Luis Henrique Campos, ou Pinga como é mais conhecido o diretor de prova do evento. “Tem a previsão da chegada do swell (ondulação) e agora vamos trabalhar com a realidade, que é chegar aqui de manhã cedo e rolar o evento em dois palanques amanhã (sábado) pra adiantar a competição e terminar no domingo em boas condições”.

SEGUNDA FASE – entrada dos cabeças-de-chave na quinta-feira:

1.a: 1-Ulisses Meira (BRA), 2-Dennis Tihara (BRA), 3-Neco Padaratz (BRA), 4-Igor Morais (BRA)

2.a: 1-Tomas Hermes (BRA), 2-Marcio Farney (BRA), 3-Jason Torres (CRI), 4-Ricardo dos Santos (BRA)

3.a: 1-Caetano Vargas (BRA), 2-Magno Pacheco (BRA), 3-Felipe Ximenes (BRA), 4-Jeronimo Vargas (BRA)

4.a: 1-Patrick Tamberg (BRA), 2-Thiago Guimarães (BRA), 3-Tamaê Bettero (BRA), 4-Bernardo Pigmeu (BRA)

---------------------baterias que ficaram para abrir o sábado:

5.a: Willian Cardoso (BRA), Thiago de Sousa (BRA), Beto Fernandes (BRA), Gabriel Pastori (BRA)

6.a: Leandro Bastos (BRA), Mason Ho (HAV), Adrien Toyon (REU), Tanio Barreto (BRA)

7.a: Yuri Sodré (BRA), Charlie Brown (BRA), Erbeliel Andrade (BRA), Saulo Junior (BRA)

8.a: Rodrigo Dornelles (BRA), Masatoshi Ohno (JPN), Heitor Pereira (BRA), Eric de Souza (BRA)

9.a: Pedro Henrique (BRA), Ricardo Ferreira (BRA), Nathan Brandi (BRA), Rodrigo Wazlawick (BRA)

10: Messias Felix (BRA), Robson Santos (BRA), Marcelo Bispo (BRA), Gavin Gillette (HAV)

11: André Silva (BRA), David do Carmo (BRA), Caio Vaz (BRA), Danilo Costa (BRA)

12: Raoni Monteiro (BRA), Medi Veminardi (REU), Wilson Nora (BRA), Stefano Dornelles (BRA)

13: Wiggolly Dantas (BRA), Manuel Selman (CHL), Antonio Bortoletto (AFR), Halley Batista (BRA)

14: Diego Rosa (BRA), Paulo Moura (BRA), Cesar Aguiar (BRA), Angelo Lozano (MEX)

15: Brandon Jackson (AFR), Rudá Carvalho (BRA), Gilmar Silva (BRA), Pedro Husadel (BRA)

16: Leonardo Neves (BRA), João Guedes (BRA), Ian Gouveia (BRA), Marthen Pagliarini (BRA)

17: Gabriel Medina (BRA), Bruno Rodrigues (BRA), Pedro Norberto (BRA), Luel Felipe (BRA)

18: Eneko Acero (ESP), Jean da Silva (BRA), Alandreson Martins (BRA), Argus Diniz (BRA)

19: Jano Belo (BRA), Renato Galvão (BRA), Jatyr Berasaluce (ESP), Bernardo Lopes (BRA)

20: Pablo Paulino (BRA), Alan Jhones (BRA), Franklin Serpa (BRA), Alan Donato (BRA)

21: Hizunomê Bettero (BRA), Odirlei Coutinho (BRA), Marco Fernandez (BRA), Carlos Munoz (CRI)

22: Gustavo Fernandes (BRA), Victor Ribas (BRA), Aritz Aranburu (ESP), Marcelo Nunes (BRA)

23: Simão Romão (BRA), Alex Ribeiro (BRA), Adilton Mariano (BRA), Bruno Galini (BRA)

24: Marco Polo (BRA), Michel Roque (BRA), Guilherme Ramalho (BRA), Flavio Nakagima (BRA)