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Samuel Pupo estende contrato com a Rip Curl e projeta elite mundial

Alguns anos atrás, Gabriel Medina, então um adolescente despontando como amador, assinava o seu contrato com a gigante Rip Curl para iniciar uma trajetória de sucesso e conquistas, culminando com o primeiro título mundial profissional de um brasileiro.

11/Jul/2016 - Redação Surfguru - São Paulo - Brasil

Também vindo da praia de Maresias, em São Sebastião, Samuel Pupo trilha um caminho semelhante e acaba de estender o seu vínculo de patrocínio com a marca por mais três anos, já planejando a sua carreira.

Aos 15 anos de idade (completa 16 no dia 27 de outubro), Samuca tem outras particularidades com o companheiro de equipe, como o título internacional do Rip Curl Grom Search (só os dois faturaram para o Brasil) e o foco e apoio familiar para alcançar seus objetivos. Apesar da pouca idade, já compete como profissional desde o ano passado e, inclusive, se destacou no QS (Qualifying Series) 10.000, em Maresias.

A meta é chegar ao estágio máximo de um surfista profissional, ingressando no Championship Tour, o WCT, onde seu irmão mais velho, Miguel Pupo, já figura há seis temporadas, e não parar por aí, para garantir o seu nome no seleto time de campeões do Mundo. Ele sabe que o caminho está apenas iniciando, mas demonstra confiança e tem nos pais, Wagner Pupo, que fez história como surfista, Jeane, junto com a Rip Curl seus alicerces.

“A Rip Curl é muito legal por ter a essência do surf e ter um dos meus surfistas favoritos, o Mick Fanning. Essa renovação vai ser um impulso a mais para dar certo nas etapas do QS e estou super feliz”, afirmou o surfista, durante encontro na sede da Rip Curl, em Guarujá.

O CEO da Rip Curl no Brasil, Felipe Silveira, também responsável pela contratação de Medina e quase uma dezena de surfistas que chegaram à elite mundial em 20 anos de empresa, acredita no futuro do caçula profissional da equipe. “Sempre tivemos esse trabalho com vários atletas que preparamos para entrar no WCT. Então, já sabemos os passos que precisam ser seguidos e o mais legal, que tanto atleta quanto a família, concordam que é esse o trabalho a ser feito”, disse, enaltecendo a relação com os pais do atleta.

“É muito bom estarmos todos na mesma batida, no mesmo projeto. São quando as coisas realmente funcionam mesmo”, falou Felipe, também com a propriedade de quem foi competidor profissional. “Vejo um futuro brilhante. Tem já referência do próprio irmão, que está no WCT há muito tempo. Tem o colega de equipe, o Gabriel, que já foi campeão mundial. Ele sabe onde pode chegar”, acrescentou.

Felipe é enfático ao falar das metas de Samuel, imputando ao atleta o limite onde que pode alcançar. “Vai depender muito mais dele, do comprometimento, esforço, talento e dos sonhos dele. Quais os sonhos ele quer conquistar? Se quer somente entrar na elite ou ser campeão. Ele vai decidir onde chegar e o que fazer para conseguir. A gente está aqui para apoiar... e torcer”, argumentou o executivo da Rip Curl.

Apesar do talento já demonstrado, Felipe Silveira não quer “atropelar” fases necessárias e fundamentais para o amadurecimento do atleta. “Isso é um processo. O Samuel já venceu algumas fases na carreira. Já foi campeão do Grom Search, de um evento na Califórnia recentemente. Vem passando etapas e a consequência disso é o WCT. É o que os surfistas profissionais almejam. O Samuel tem esse objetivo e temos um planejamento para isso. Está atingindo as metas e acreditamos que ainda tem alguns estágios para alcançar, mas está indo muito bem”, complementou.

O pai e manager não esconde a satisfação de ver Samuca bem encaminhado e com um planejamento bem feito. “A gente fica muito contente de ter esse incentivo da Rip Curl. Sentimos que o Samuel está praticamente pronto para as etapas do Mundial e viemos falar com o Felipe. Só temos a agradecer”, destacou Wagner, já vislumbrando uma possível dupla no WCT.

“A gente torce para que o Samuel chegue e o Miguel ainda esteja lá. Se os dois estiverem lá, vai ser muito bom, poderão viajar juntos, um ajudar o outro. Já vimos vários irmãos, o CJ e o Damien Hobgood, o Andy e o Bruce Irons e a gente espera que aconteça”, comentou o pai. “Só vai ser um aperto a mais no coração, porque uma hora poderão cair um contra o outro”, brincou.

Samuel contou que também já pensou na possibilidade. “Essa bateria com o meu irmão é um sonho. Acho que meu e dele e de muita gente que gosta da família”, confessou o surfista, que em seu surf radical tem três inspirações, seu irmão, desde pequeno, seu ídolo Mick Fanning, australiano tricampeão mundial, e Filipe Toledo. “O Miguel pelo estilo e pela calma que tem em surfar. O Mick pela disciplina, pelo treino e por ser tão focado. E o Filipinho pela radicalidade e pelos aéreos”, relacionou. “Se juntar esses três, vai dar tudo certo (risos)”, reforçou Samuca, sempre de fala calma.

A programação de competições tem agora a participação no Pro-Júnior do US Open, na Califórnia. Um de seus objetivos é estar no Mundial da categoria no início de 2017, na Austrália, buscar o título e assim, garantir presença nas principais etapas do QS, facilitando o ingresso na elite. “ O Pro-Júnior é o grande foco e esse evento na Califórnia é importante para crescer. É um clássico. Ir bem será importante”, anunciou Samuca, que este ano foi bem no QS, garantindo o terceiro lugar na etapa 1000, em Cabarita Beach, Austrália, o seu primeiro evento profissional no exterior.

Por Fábio Maradei

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