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Surf Sem Laudo - A Busca pela reconstrução da Vila Mágica

Surfistas locais de Regência buscam reconhecimento dos danos causados pela mineração à onda e ao modo de vida

19/Mar/2021 - Hauley Valim - Linhares - Espírito Santo - Brasil

A documentário é resultado de relação de cooperação entre surfistas locais, associação de surf e universidade.

Quando a lama de rejeitos de mineração chegou na foz, o surf era o principal responsável por uma bela e autônoma guinada no turismo na vila de Regência. O rompimento da barragem, neste sentido, atingiu drasticamente a promissora cadeia produtiva do surf: várias gerações de surfistas estruturadas em rede que articulava de forma local campeonatos, pousadas, técnicos, escolas, serviços diversos, planejamentos e sonhos.

Foto: @clickzeraa

No entanto, o maior dano aconteceu na Boca do Rio, “nossa principal onda, uma esquerda quilométrica, com três sessões de tubo e várias sessões de manobras nunca mais quebrou de gala. Hoje a deposição de sedimentos na foz do rio não só absorve a maior parte da força das ondulações, mas provocou drásticas mudanças no perfil de praia, atingindo a fina sintonia que a Mãe Natureza criou para dar forma a esta Dádiva: a Onda da Boca do Rio, esta entidade, que perdeu o direito de continuar quebrando limpa e perfeita na melhor arena do surf capixaba”, conta o surfista local Hauley Valim.

Foto: @clickzeraa

Cinco anos depois do rompimento da barragem o surf não foi reconhecido como atingido pelas empresas criminosas e pela justiça.