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Surfista, Cidadão, Solidário

Todas as tribos do surf vão se unir dia 26, na tradicional Praia do Psiu, para participar de um campeonato solidário com Jorge Prazeres, o lendário 40 Graus, que ficou sem barraca para trabalhar devido ao novo projeto da orla de Salvador.

23/Set/2010 - Miguel Brusell - Bahia - Brasil

Todas as tribos do surf vão se unir no domingo (26), na tradicional Praia do Psiu, para participar de um campeonato solidário com Jorge Prazeres, o lendário 40 Graus, que ficou sem barraca para trabalhar devido ao novo projeto da orla de Salvador. Jorge 40 Graus ou North Shore, como também é chamado, sempre foi um eterno batalhador por um espaço alternativo na orla de Salvador.

A Praia de Aleluia foi batizada com este nome por um grupo de surfistas que, no início dos anos oitenta, surfou pela primeira as suas ondas num Domingo de Páscoa. Nesta “barca” estava 40 Graus como responsável pelo abastecimento da turma do surf na praia até então deseta. Quando Aleluia nem sonhava em ter barracas, 40 fazia os famosos "termômetros" (crepes), os deliciosos "acidos naturais" (sucos de frutas) e diversos outros alimentos integrais.

A "barraca" tinha um conceito completamente diferente das outras, era feita de palha de coqueiro, onde a turma do surf se concentrava para repor as energias e aguardar a próxima caída. 40 faz parte da história do surf baiano e da própria paisagem da Praia do Aleluia, com suas ideias criativas e sua eterna preocupação com a manutenção do meio ambiente local e qualidade de vida da galera.

A iniciativa da competição relampago é da mais antiga entidade de surf no Estado, a Associação Baiana de Surf (ABSurf), que retornou recentemente às atividades e conta com apoio da Federação Baiana de Surf (FBSurf), Associação Baiana de Surf Universitário (ABSU), Associção Baiana de Surf Master (ABSM), Academia de Surf da Bahia (ACASURF), RV, Radical Wave, Febeb, Surf & Associados e Dendê Produções.

Com oito vagas em cada categoria, o evento terá disputa na Pranchinha, Longboard, Master, Bodyboarding e Universitário. O evento tem um carater experimental e visa valorizar o artesão que molda o bloco de espuma que dá origem a prancha, conhecido como Shaper. “Visa também ensinar o Surfista de qualquer categoria e idade, o exercício da cidadania, o espírito da solidariedade, educação desportiva e ambiental”, afirma Carlos Moraes, conselheiro da ABSurf.

Com uma Comissão Técnica de Árbitros e Auxiliares independente, pela primeira vez e em um evento experimental, a ABSurf vai por em prática uma nova regra de julgamento. Um formato que não só o surfista compreende facilmente os critérios de julgamento, mas todos os envolvidos, inclusive a torcida na praia. Como numa partida de futebol, o escore será informado imediatamente ao término da apresentação do surfista que computará uma única onda, num total de cinco surfadas em 15 minutos de apresentação.

Ao custo de R$ 20, a inscrição pode ser feita na Loja RV, em Jaguaribe. Para o exercício do espírito de solidariedade, na inscrição do evento será doado um kilo de alimento para instituição de caridade.

Ficha técnica:

Início – 7h30

Categorias:

Long Pro - 8 vagas

Master - 8 vagas

Estreante Universitario - 8 vagas

Estreantes Long - 8 vagas

Estreantes Bodyboarding - 8 vagas

Surf feminino - 4 vagas

Bodyboarding feminino - 4 vagas

Long feminino - 4 vagas

Stand up – 4 vagas

Premiação - Medalhas de ouro, prata e bronze.

ABSurf, um resgate histórico

Fundada em 1972, a ABS é uma das primeiras associações de surf no país, foi a entidade máxima do esporte no Estado em três ocasiões distintas e estava desativada desde a fundação da Federação Baiana de Surf, no final do século passado. “Com o retorno da ABS queremos resgatar os valores do Real Espírito do Surf, que estão meio esquecidos no atual cenário do surf baiano, mais voltado para os grandes eventos e as grandes cotas de patrocínios”, revela Carlos Moraes, um dos mentores do retorno da entidade.