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Zinga Escondido: praia dos ingleses

19/Mar/2010 - Artur Dobairrol - Florianópolis - Santa Catarina - Brasil

Confirmando as previsões a última semana em Florianópolis foi de bastante atividade dentro da água. A forte ondulação vinda de leste, ocasionada pela passagem de um ciclone em alto mar trouxe ondas de responsa para as praias da região norte da ilha da mágia.

Como já é de costume, preparamos os equipamentos e fomos para a rua na busca dos melhores momentos do surf e do swell.

A barca foi armada com os surfistas Márcio Negrine, Max Zapelini ( Pousada Mirante do Santinho) e Patrick Sperafico. Fechamos a barca e fomos literalmente atrás das melhores ondas da região.

Na segunda-feira (08/03) percorremos os principais picos onde o vento sul pegará de terral. Nossa primeira investida foi na praia Brava (Flpolis), que para nossa infelicidade não apresentava boas condições, pois o mar estava grande, mexido e storm. Nesse dia apenas algums poucos surfistas locais se aventuraram a enfrentar aquelas condições, já que as ondas passavam tranquilamente dos 3 metros.

Após checar os demais picos da região, optamos (como última tenatativa) por dar uma olhada nas ondas da praia dos Ingleses, e para nossa sorte, foi a investida certa do dia.

Chegamos na praia e fomos direto ver a vala do Riozinho (shit point), nossa primeira visão do pico foi alucinante, as ondas estavam com boa formação e quebravam perfeitas para os dois lados com tubos profundos e abrindo. Para quem conhece o Ingleses sabe, que normalmente as ondas fecham quando o mar têm um tamanho, mas neste dia, acreditem foi uma excessão e as fotos comprovam isso.

Séries com 1,5 metros e algumas séries perdidas de 2 metros fizeram a alegria e a adrenalina da galera ir as alturas.

O primeiro a cair no mar foi o Max, o cara estava fissurado e nos relatou que o surf estava de gala. A condição estava bastante pesada e as ondas quebravam com boa formação. Dentro da água tudo tinha quer ser bastante estudado, pois qualquer descuido poderia ocasionar em prancha partida. Nesse dia, o momento mágico da session foi protagonizado pelo Max, ele pegou um tubaço para a direita, numa morra da série que tinha tranquilhamente uns 6 pés. Ele tirou o tubo da session nessa onda, o momento foi único, pois a onda rodou com a perfeição de um pico gringo, não deixando nada a desejar aos melhor beach breaks do mundo. Foi o tudo da vida, disse o surfista.

A atividade foli intensa na água, e a cada série uma rajada de disparos era direcionada aos surfistas. O Márcio também pegou altas ondas e tirou alguns belos tubos para a esquerda, os barrels estavam bastante largos e profundos, já que essa é uma característica das ondas no Ingleses.

São nestes dias que a gente vê quem são os verdadeiros domadores de ondas (morras), porque o crowd era quase que imperceptível, na água apenas um pequeno grupo desfrutou das condições épicas e pesadas daquela vala do meio de praia. Estiveram também na água o Thiago Lewis (sushi), alguns amigos que não me recordo dos nomes. O resto do crowd nesse dia tava todo lá embaixo, perto do pico da pracinha, onde as ondas não tinha mais que um metro.

Sob o sol e chuva fiquei fotografando por quase 3 horas, consegui captar belos momentos da galera, que mostrou muita atitude naquelas difíceis condições de mar, o bicho pegou e a galera mandou ver botando pra baixo. Enfim, foi um dia de gala, com altas ondas, belos momentos registrado na companhia dos amigos, coisas que só o surf proporciona. Voltamos todos para a casa de cabeça feita para usufruir do descanso mais que merecido, pois o dia seguinte prometia. Viva o surf!

Fonte: Dobairrol Surf - agência de notícias.